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Património Mundial em Cabo Verde e Moçambique
Tempo de liberação:2023-02-21
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CABO VERDE

Em 2009 a UNESCO reconheceu a Cidade Velha, Centro Histórico da Ribeira Grande  de Santiago como património mundial da humanidade por ter sido no final do século 18 a primeira presença europeia colonial nos trópicos. 


Localizada na zona sul da ilha de Santiago a cidade possuiu ainda as estradas originais da época e duas igrejas com mais de 500 anos.


 A igreja de Nossa Senhora do Rosário e as ruínas da catedral da localidade. A Ribeira Grande possuiu ainda a  fortaleza de São Filipe construída em 1587 e no centro da cidade um pelourinho que data do século XVI.


Em 2016 o governo Cabo de Cabo Verde pediu igualmente à UNESCO que considerasse oito outros sítios do arquipélago como Património Mundial da humanidade mas ainda não foram reconhecidos: Centro histórico de Nova Sintra (Brava), Parque Natural do Fogo, Chá das Caldeiras (Fogo), Complexo de Áreas Protegidas de Santa Luzia e ilhéus Branco e Raso (Santa Luzia), Campo de Concentração do Tarrafal  (Santiago),Centro Histórico da Praia (Santiago), Centro Histórico de São Filipe (Fogo), Parque Natural de Cova, Paúl e Ribeira da Torre (Santo Antão) e Salinas da Pedra de Lume (Sal).


MOÇAMBIQUE

A Ilha de Moçambique no norte de Moçambique é considerado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO em Dezembro de 1991.


A Ilha de Moçambique, que dá nome ao país, é uma ilha de coral em forma de meia-lua a quatro quilómetros da costa norte de Moçambique continental, na entrada da Baía de Mossuril, no Oceano Índico.


Com apenas três quilómetros de extensão e de 200 a 500 metros de largura, com uma área urbana de cerca de um quilómetro quadrado, a cidade é um caldeirão cultural de influências bantu, suaíli, árabe, persa, indiana e europeia. A


Habitada por falantes de línguas bantas no ano 200, e registada em rotas de navegação do Oceano Índico desde o primeiro milénio, a Ilha de Moçambique foi dominada pelo comércio árabe entre os séculos VIII e XVI. 


Durante  quatro séculos (1507 a 1898), esta cidade fortificada foi a capital e o posto comercial da África Oriental Portuguesa, no centro das rotas marítimas portuguesas entre a Europa Ocidental e o subcontinente indiano e, mais tarde, a Ásia.


A incrível unidade arquitectónica da ilha é derivada do uso consistente – desde o século XVI – das mesmas técnicas de construção com os mesmos materiais e princípios decorativos. 


Dois diferentes tipos de moradias e sistemas urbanos coexistem aqui – a cidade de pedra e cal, e a cidade com telhados de folha de palmeira.


A Cidade de Pedra, com suas casas feitas de calcário e madeira, tem raízes suaíli, com influências árabes e portuguesas, e domina a parte norte da ilha. Ocupando dois terços da ilha, é habitada por uma parte relativamente pequena da população.


A cidade de Macuti, nomeada em homenagem aos telhados de folhas de palmeira originais (macuti) das casas, abriga muitas variações da arquitetura vernácula suaíli, e fica ao sul. A cidade está organizada em sete bairros ou distritos, que são os assentamentos mais populosos da ilha. 


O governo de Moçambique candidatou igualmente quatro outros locais a Património Mundial da Humanidade: Manyikeni e Chibuene (1997), Arquipélago das Carimbas (2008), Montanhas Vumba (2008) e o Parque Nacional de Maputo, que integrou a Reserva de Elegantes do Maputo e a  Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro (2022).