Fórum de Macau celebra 20 anos e prepara o futuro com reforço das relações China - Países de Língua Portuguesa
O Fórum de Macau tem desempenhado um papel insubstituível no fomento do intercâmbio e cooperação entre a China os Países de Língua Portuguesa em diversas vertentes, no aumento da influência dos Países de Língua Portuguesa na China e na construção de Macau enquanto Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (PLP).
As palavras são do Secretário-Geral do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, Dr. Ji Xianzheng durante a cerimónia, realizada em Março, em Macau, que marcou o 20º aniversário do estabelecimento do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau).
O Secretário-Geral disse ainda que o Fórum de Macau vai continuar a contribuir para o apoio contínuo na construção de Macau enquanto Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa e para a melhoria do conhecimento mútuo entre os povos da China e dos Países de Língua Portuguesa.
Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, em Hengqin, importante para a cooperação China-PLP defende Chefe do Executivo Ho Iat Seng
Durante a cerimónia, o Chefe do Executivo da Região Administrativa de Macau (RAEM) Ho Iat Seng defendeu que “O 20º aniversário do Fórum de Macau deve ser visto não apenas como um marco histórico, mas também um novo ponto de partida vantajoso para o desenvolvimento da Plataforma Sino-Lusófona rumo a um novo patamar. Este é o momento para congregar os esforços de todos os sectores que valorizem e apoiem este projecto, avançando juntos rumo a um futuro prometedor”.
O Chefe do Executivo da RAEM disse esperar também que o Fórum de Macau possa “aproveitar plenamente as singularidades de Macau e as oportunidades emergentes do desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, em Hengqin” para que as empresas de Macau possam, desta forma, desempenhar um “papel mais consistente”, tanto na promoção da cooperação económica e comercial entre o Interior da China e os PLP, como no intercâmbio bilateral entre Macau e os PLP.
“A cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa tem alcançado resultados encorajadores, aprofundando-se e consolidando-se em diversas áreas, elevando também a influência de Macau a nível internacional e fomentando o desenvolvimento desta cidade” disse Ho.
Ho Iat Seng garantiu igualmente que, neste “novo ponto de partida”, o Governo da RAEM “continuará a prestar todo o apoio aos trabalhos do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, com ênfase para a preparação da próxima Conferência Ministerial do Fórum de Macau”.
“Vamos continuar a enriquecer as funções de Macau enquanto Plataforma para promover mais parcerias entre empresas dos dois lados” disse a finalizar a sua intervenção.
Reforçar a cooperação para atingir novo patamar nas relações China-PLP defende Li Xiaohui, Director-Geral Adjunto do MOFCOM
Durante a cerimónia, o Director-Geral Adjunto do Departamento dos Assuntos de Taiwan, Hong Kong, e Macau do Ministério do Comércio da China (MOFCOM), Dr. Li Xiaohui, lembrou no seu discurso que ao longo das últimas duas décadas, o Fórum de Macau realizou 5 edições da Conferência Ministerial e uma Reunião Extraordinária Ministerial, das quais resultaram uma expansão de 7 para mais de 20 áreas de cooperação.
Li lembrou que “no domínio do comércio, as trocas comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa cresceram substancialmente de 11,03 mil milhões de dólares americanos em 2003 para 214,83 mil milhões em 2022”
“A China está disposta a continuar a trabalhar com os PLP para reforçar a cooperação, atingir objectivos comuns de desenvolvimento e criar um futuro prometedor compartilhado, em conjunto, fomentando a cooperação pragmática entre a China e os Países de Língua Portuguesa em diversos domínios para o alcance de um novo patamar de relacionamento” disse.
Fórum de Macau deve criar novas dinâmicas positivas que visem elevar os níveis da cooperação defende Maria Gustava, Decana dos Embaixadores dos PLP na China
A Decana dos Embaixadores dos Países de Língua Portuguesa acreditados na China, Maria Gustava usou da palavra na cerimónia para defender que a partir da data que marca os 20 anos do Fórum de Macau todas as partes participantes do Fórum devem procurar novos ângulos na abordagem da cooperação de modo a responderem às novas dinâmicas e desafios mundiais que são mais complexas e difíceis e, exigem cada vez mais ponderação, sabedoria e solidariedade concertadas.
Em representação dos Países de Língua Portuguesa, a Decana dos Embaixadores dos PLP na China garantiu ainda que os países estão dispostos a prosseguir e aprofundar as acções com a China no enaltecimento do Fórum Macau, por forma a continuar a ser relevante, mais forte, dinâmico e a produzir cada vez mais resultados positivos.
Maria Gustava realçou ainda que através do Fórum de Macau, foi reafirmado o compromisso de todos os países participantes de aprofundarem as relações históricas, tradicionais e de irmandade, tornando-o um mecanismo complementar das boas relações bilaterais de grande relevância de cada PLP com a China.
No entanto, a Decana dos Embaixadores dos PLP na China disse que neste novo ponto de partida do 20º aniversário é necessário um novo avanço na cooperação.
“O Fórum de Macau tem esta função, no quadro da cooperação, de saber dar respostas e actuar na medida do possível para criar dinâmicas positivas que visem elevar os níveis da nossa cooperação”, disse.
A diplomata considerou igualmente que os Países de Língua Portuguesa devem aproveitar as oportunidades proporcionadas por este modelo de cooperação multilateral, nomeadamente “o livre acesso ao mercado chinês de 98% dos produtos originários dos PLP em África e na Ásia. É fundamental para a viabilização da exportação de produtos alimentares dos PLP”.
Durante as cerimónias comemorativas dos 20 anos do Fórum de Macau, que reuniu centenas de pessoas no Complexo da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa foi apresentado um vídeo comemorativo do aniversário do Fórum.
Fórum Macau prepara-se para a 6.ª Conferência Ministerial a ter lugar este ano, em Macau
A 18.ª Reunião Ordinária do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau), realizada em Março, em Macau, aprovou o Programa de Actividades do Secretariado Permanente do Fórum de Macau para 2023 que inclui, entre outros, a preparação da 6.ª Conferência Ministerial que terá lugar este ano na Região Administrativa Especial de Macau.
A 5.ª e última Conferência Ministerial teve lugar em Macau, em Outubro de 2016, com a presença do ex-Primeiro-Ministro chinês Li Keqiang que, na altura, anunciou apoios financeiros e planos de formação em diversas áreas aos Países de Língua Portuguesa (PLP).
Durante a Conferência, foi decidido reforçar as acções e actividades do Fórum de Macau para impulsionar a qualidade e o nível de cooperação sino-lusófona na área do comércio e do investimento, aprofundar o conhecimento e a amizade mútuos e contribuir para consolidar o multilateralismo e a estabilidade da conjuntura económica e das relações comerciais, a nível internacional.
A concretização do programa de actividades para 2023 do Fórum de Macau passa igualmente pela realização de exposições, missões oficiais, colóquios e pela colaboração com as organizações multilaterais, além de uma maior coordenação com o Governo da RAEM de forma a apoiar continuamente a construção de Macau enquanto plataforma entre a China e os PLP.
Durante o encontro, o Secretário-Geral do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, Dr. Ji Xianzheng, apresentou um balanço das actividades realizadas em 2022, que apesar da pandemia em todo o mundo permitiram concretizar uma série de projectos de cooperação em matéria de capacidade produtiva, promoção do comércio e do investimento, cooperação no âmbito dos recursos humanos e intercâmbios culturais.
Na reunião foi apresentada a revisão do Estatuto Operacional do Secretariado Permanente do Fórum de Macau e as novas Delegadas da Guiné Equatorial e de Portugal, Cristina Mangue Abeso e Márcia Cordeiro Guerreiro, que assumiram recentemente funções.
Na sessão estiveram ainda presentes, o Director-Geral Adjunto do Departamento dos Assuntos de Taiwan, Hong Kong e Macau do Ministério do Comércio, Li Xiaohui, os delegados dos PLP no Fórum de Macau, o Embaixador de Angola em Pequim, João Salvador dos Santos, o Cônsul Adjunto do Brasil em Hong Kong e Macau, Ivan Carlo Padre Seixas Pereira, o Embaixador de Cabo Verde em Pequim, Arlindo Nascimento do Rosário, o Director-Geral de Promoção do Investimento Privado do Ministério de Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Hussein Bruno Jamil Jauad, o Embaixador da Guiné Equatorial em Pequim, German Ekua Sima Abaga, a Embaixadora de Moçambique em Pequim, Maria Gustava, o Embaixador de Portugal em Pequim, Paulo Jorge Nascimento, a Embaixadora de São Tomé e Príncipe em Pequim, Isabel Mayza Jesus da Graça Domingos, e o Embaixador de Timor-Leste em Pequim, Abrão dos Santos.
Países de Língua Portuguesa pedem medidas mais flexíveis para acesso ao Fundo de Desenvolvimento China-PLP
O Fundo de Cooperação e Desenvolvimento China - Países de Língua Portuguesa (PLP) esteve em destaque num encontro realizado, em Março, em que participaram, além do Secretário-Geral do Fórum de Macau, Ji Xianzheng, responsáveis do Fundo, em Macau e de Pequim, bem como delegações dos Países de Língua Portuguesa, durante o qual foi abordada a necessidade de uma maior flexibilidade nos critérios de acesso ao fundo.
As duas partes trocaram opiniões sobre a situação dos trabalhos do Fundo e as perspectivas de desenvolvimento, no sentido de promover para uma maior captação de investimentos para o Fundo.
Na sequência do encontro, o Embaixador de Angola na China, João Salvador dos Santos Neto, mostrou-se optimista ao afirmar: “haverá mais flexibilidade nos critérios de acesso aos fundos e um contacto directo entre os países e a gestão do fundo, para que possamos discutir directamente projectos que temos e que sejam sustentáveis”.
“Queremos que o Fundo dure ‘ad eternum’, por isso só podemos trazer ao concurso do financiamento do Fundo projectos que de facto tenham a garantia de rentabilidade”, sublinhou Santos Neto.
O Embaixador angolano considerou ainda que as parcerias entre empresas dos Países de Língua Portuguesa e empresas chinesas poderão desenvolver-se de forma “muito mais dinâmica e profunda, e com resultados tangíveis, que beneficiarão quer a República Popular da China quer os países lusófonos em particular”.
Também o Embaixador de Cabo Verde em Pequim, Arlindo Nascimento do Rosário, defendeu, em entrevista à TDM, a necessidade de que as regras de acesso ao Fundo seja mais flexíveis por ser este um importante instrumento de apoio a empresários e empresas que queiram desenvolver actividades muitas delas com parceiros chineses.
O Fundo foi oficialmente criado em Junho de 2013 e a sede foi transferida para Macau em 2017.
O estabelecimento oficial da sede do Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento China-Países de Língua Portuguesa teve como função a prestação de serviços de consultadoria e conseguir financiamento para projectos e
apoio às empresas da China e dos Países de Língua Portuguesa a participarem em conjunto na Iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, e elevar o papel de Macau enquanto plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
O Fundo de Desenvolvimento para a Cooperação China-Países de Língua Portuguesa constituiu uma das iniciativas de cooperação anunciadas pelo Governo da República Popular da China no decorrer da 3.ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Actualmente, o valor global do capital social do Fundo é de mil milhões de dólares americanos, com a participação conjunta do Banco de Desenvolvimento da China e do Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização de Macau (FDIC). A gestão do referido Fundo cabe ao Fundo de Desenvolvimento China-África.
O Fundo de Desenvolvimento para a Cooperação China-Países de Língua Portuguesa promove a cooperação em projectos entre a China e os países lusófonos, e tem por objectivo primordial ser uma plataforma de investimento no âmbito do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau).
O referido Fundo já apoiou uma série de projectos, em Moçambique, Angola e Brasil, com o objectivo de impulsionar a modernização da agricultura e a cooperação na capacidade produtiva dos sectores de materiais de construção e de energia destes países.
Recentemente, o Fundo tem vindo a acompanhar e impulsionar o arranque de mais de 20 projectos, ao mesmo tempo que estão a ser envidados esforços no sentido de que a sua esfera de actividade venha a cobrir todos os países lusófonos.
Fórum de Macau reafirma que infra-estruturas são área estratégica nas relações da China com os Países de Língua Portuguesa
O Secretário-Geral do Fórum de Macau disse, em Junho, durante um encontro internacional que a construção das infra-estruturas tem sido uma das principais áreas de cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa (PLP), e à qual o Fórum de Macau tem prestado grande atenção.
Ji Xianzheng, que falava durante uma sessão paralela ao 14.º Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas (IIICF, na sigla em inglês), lembrou que a cooperação nesse domínio tem sido sempre uma parte integrante de todos os Planos de Acção assinados nas passadas edições das Conferências Ministeriais do Fórum de Macau.
Na sessão sob o lema “Em Busca de um Desenvolvimento Verde na Cooperação no Sector de Infra-estruturas China – Países de Língua Portuguesa”, o Secretário-Geral do Fórum de Macau lembrou ainda que Declaração Conjunta assinada na Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau, em Abril de 2022, reafirmou inequivocamente o apoio ao reforço da cooperação industrial entre a China e os PLP através da transferência de tecnologia e conhecimentos.
No mesmo encontro, a Embaixadora de Moçambique em Pequim, Maria Gustava, actual Decana dos Embaixadores dos Países de Língua Portuguesa na China, disse que as infra-estruturas constituem a grande prioridade e a preocupação número um na implementação das agendas de desenvolvimento socioeconómico dos países.
A Embaixadora elogiou a crescente vontade da República Popular da China em alargar o quadro de cooperação com os PLP na área de infra-estruturas e manifestou que os mesmos prestam enorme atenção ao desenvolvimento da plataforma de Macau e outras iniciativas, e oportunidades criadas no âmbito da Grande Baía, no sentido de impulsionar as relações económicas e comerciais entre os PLP e a China.
Maria Gustava pediu ainda um “maior acesso ao mercado chinês” para os produtos lusófonos, assim como regras mais flexíveis para o Fundo de Cooperação e Desenvolvimento China-Países de Língua Portuguesa.
Maria Gustava defendeu que “seria importante ampliar as áreas” do investimento chinês, dando como exemplo a mecanização e o processamento agrícolas e ainda a criação de pequenas e médias empresas, incluindo no sector industrial.
A diplomata apelou igualmente às empresas chinesas para que “explorem ao máximo o enorme potencial para investimento” nos Países de Língua Portuguesa, acrescentando que “apresentam enormes oportunidades para a internacionalização” dos grupos chineses.
“Recebemos com satisfação a crescente vontade a China de alargar cooperação no sector das infra-estruturas” disse Maria Gustava.
A diplomata sublinhou ainda que a construção de infraestruturas é “uma grande prioridade” dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e de Timor-Leste, “sobretudo em saúde, educação, agricultura e turismo”.
Durante o evento, a que assistiram membros dos Governos dos PLP, diplomatas e empresários, o Vice-Presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), Vincent U U Sang, assegurou que a Instituição que dirige vai continuar a divulgar as oportunidades de negócios da plataforma sino-lusófona e da Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin, explorando em conjunto novos mercados e negócios e promovendo a cooperação entre o Interior da China, Macau e os PLP.
Fórum de Macau organizou colóquio sobre Empreendedorismo e Liderança de Pequenas e Médias Empresas para os PLP
Funcionários públicos, técnicos e empresários de diferentes organizações de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe participaram em Maio e Junho no “Colóquio sobre Empreendedorismo e Liderança de Pequenas e Médias Empresas (PME) para os Países de Língua Portuguesa (PLP)” que decorreu em Macau.
Na cerimónia de encerramento do colóquio, o Secretário-Geral do Fórum de Macau, Dr. Ji Xianzheng lembrou que as PME são uma força fundamental para a promoção do empreendedorismo, inovação, crescimento de emprego e melhoria do bem-estar das populações.
Ji lembrou ainda que o colóquio, organizado pelo Centro de Formação do Fórum de Macau em colaboração com a Universidade da Cidade de Macau e que se prolongou durante duas semanas, deu a conhecer a experiência da China na economia digital, na inovação, empreendedorismo, na construção de cidades inteligentes e as políticas e oportunidades de investimento da China.
Na cerimónia, o Reitor da Universidade da Cidade de Macau, Prof. Liu Jun lembrou que Macau tem um papel singular como plataforma de ligação entre a China e os Países de Língua Portuguesa e reafirmou que o objectivo do colóquio foi o de dar a conhecer estratégias práticas para desenvolver os seus negócios, bem como medidas para garantir uma liderança eficaz.
Os catorze participantes no colóquio assistiram a várias palestras e intervenções relacionadas com o papel de Macau como plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, o desenvolvimento da economia digital da China, a gestão dos ecosistemas de empreendedorismo dos Países de Língua Portuguesa, oportunidades de empreendedorismo nos países lusófonos e oportunidades de investimento na China.
O colóquio permitiu melhorar a compreensão dos Países de Língua Portuguesa sobre o empreendedorismo e o desenvolvimento das PME no Interior da China e em Macau e explorar ainda mais as oportunidades de cooperação.
Delegação do Fórum de Macau visita Feira de Cantão e Zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau
Uma delegação do Fórum de Macau deslocou-se à Zona da Grande Baía para visita dos municípios de Dongguan, Guangzhou e Shenzhen e participação na 133ª. edição da Feira de Cantão que se realizou em Abril.
A delegação do Secretariado Permanente, liderada pelo Secretário-Geral, Dr. Ji Xianzheng, participou na cerimónia de abertura da 133ª. Feira de Importação e Exportação da China e do 2º Fórum do Comércio Internacional do Rio das Pérolas.
Os membros da delegação do Fórum de Macau visitaram os principais pavilhões da feira para apurar das oportunidades de comércio para os seus países no âmbito da cooperação com a China.
A Feira recebeu 370 mil visitantes apenas no dia de abertura e quase duplicou a sua área de exposições para um milhão e 500 mil metros quadrados
A Feira de Cantão serve como uma importante vitrine para a abertura da China ao mundo e uma plataforma relevante para o comércio externo do país.
Neste ano, 508 empresas de 40 países e regiões expuseram em 12 secções especializadas, sendo que 73% dos expositores eram oriundos de países e regiões que participam da Iniciativa “Faixa e Rota”.
Durante a deslocação à Zona da Grande Baía, a delegação teve encontros com a Comissão de Gestão da Zona de Desenvolvimento de Guangzhou e a Direcção do Comércio do Município de Shenzhen e visitou a Fapon Biotech Inc., a CHAM Battery, o Museu de Exibição sobre o Desenvolvimento de Huangpu e da Zona de Desenvolvimento de Guangzhou, a Macau Youth Innovation Tribe, a Guangzhou Shiyuan Electronic Technology Co. Ltd e o Tencent Research Institute.
Secretário-Geral Adjunto Ding Tian e o Delegado de Timor-Leste Danilo Afonso-Henriques deixam o Fórum de Macau
Ding Tian, que durante vários anos exerceu as funções de Secretário-Geral Adjunto no Fórum de Macau, terminou a sua comissão de serviço na Região Administrativa Especial de Macau e regressou ao Ministério do Comércio da República Popular da China, em Pequim, no final de 2022.
Ding, que na ausência do Secretário-Geral liderou o Fórum de Macau, durante o difícil período da pandemia do Covid-19, exerceu funções em vários Países de Língua Portuguesa nomeadamente o Brasil.
Ainda no âmbito da estrutura do Fórum de Macau o delegado de Timor-Leste, Danilo Afonso-Henriques, depois de nove anos em funções e em representação dos interesses do seu país, regressou a Dili em Abril de 2023.
Danilo Afonso-Henriques, antes de regressar a Timor-Leste, foi o orador convidado numa sessão da Câmara de Comércio da Austrália, em Macau, onde garantiu que tudo fará para continuar a promover as oportunidades existentes em Timor-Leste para atrair investidores estrangeiros.
Na sua intervenção, o diplomata lembrou que partiu de Dili, em 1975, como refugiado para Portugal e mais tarde para a Austrália onde estudou e a sua decisão de regressar a Timor-Leste, em 1999, quando a ocupação da Indonésia terminou.
“Ainda há muito por fazer para reconstruir Timor-Leste e estarei na linha da frente para participar nessa tarefa de reconstruir o meu país”, disse.