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Moçambique anuncia nova descoberta de gás natural no Sul e prepara reinício da exploração em Cabo Delgado
Tempo de liberação:2023-08-16
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A petrolífera sul-africana Sasol descobriu, em Maio, novas reservas de gás natural ao largo da costa moçambicana de Inhassoro, no sul do país, anunciou o Instituto Nacional de Petróleo (INP).


“A Sasol Mozambique efectuou uma descoberta de gás natural no poço de pesquisa Bonito-1, realizado na área PT5-C da Bacia de Moçambique, localizado na parte sul do distrito de Inhassoro, província de Inhambane”, anunciou o Instituto Nacional de Petróleo, em comunicado.


A petrolífera disse que vai prosseguir com “trabalhos de avaliação do jazigo para determinar a dimensão da descoberta, assim como a viabilidade comercial”, após abertura de um poço de pesquisa, entre 25 de Março e 05 de Abril, que atingiu uma profundidade de 1.934 metros.


“O poço Bonito-1 é o segundo a ser perfurado na área PT5-C, a seguir ao poço Dourado-1, cujo resultado foi negativo”, explicou o INP.


O contrato para pesquisa e produção na área PT5-C foi celebrado em Outubro de 2018. 


A Sasol Mozambique detém 70% de interesse participativo, cabendo à Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) os restantes 30%.


Entretanto, a empresa italiana de petróleo e gás Eni começou a perfurar novos poços de exploração na costa de Moçambique, enquanto as autoridades de Maputo deram sinal verde para a retoma do projecto de gás de US$ 20 mil milhões em Cabo Delgado, do qual a TotalEnergies possui uma participação operacional de 26,5%.


A exploração esteve suspensa por mais de dois anos devido à crescente insegurança causada pela insurgência ligada ao Estado Islâmico na região.


A Eni está a perfurar o seu primeiro poço de exploração há cerca de oito anos ao largo da costa de Moçambique que se juntou às fileiras dos exportadores de gás natural liquefeito (GNL) em 2022.  


O navio West Capella realizou a perfuração inicial na Raia-1, poço que explorará o que poderia ser uma nova bacia de petróleo e gás na costa de Moçambique, de acordo com o Instituto Nacional de Petróleo, regulador de petróleo e gás do país. 


O poço fica próximo de Angoche, cerca de 604 km a sul da bacia do Rovuma onde a Eni iniciou a produção de gás natural liquefeito (GNL) em 2022. 


Embora seja incerto que a empresa, com sede em Roma, possa vir a encontrar depósitos económicos de petróleo e gás em Angoche, a perfuração pode ser o início de uma nova rodada de investimentos para a indústria de hidrocarbonetos de Moçambique. 


A Anadarko Petroleum concluiu, em Abril, o último poço de exploração offshore de Moçambique. A TotalEnergies adquiriu uma participação operacional de 26,5% da Anadarko Petroleum desse projecto num valor de US$ 3,9 mil milhões.


O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, disse em Abril que “agora é seguro reiniciar o projecto Cabo Delgado LNG”, acrescentando que “Moçambique quer tirar partido dos actuais preços elevados do GNL e a mudança global para fontes de energia mais limpas”.