A China investiu US$20,9 mil milhões no Brasil em 2017, o nível mais elevado desde 2010, após a recessão económica que atingiu a nação sul-americana ter reduzido o preço das empresas e activos brasileiros, ajudando a atrair investidores, diz o Ministério brasileiro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
Os sectores da energia, logística e agricultura foram aqueles que atraíram maior capital chinês, incluindo o negócio avaliado em US$2,25 mil milhões que levou a chinesa State Power Investment Corp a operar a central hidroeléctrica de São Simão, revelou a agência noticiosa Reuters. Ainda assim os números apenas incluem investimentos já confirmados e anunciados, acrescenta a notícia.
“O Brasil tem muito menos investimento do que o necessário… precisamos de investidores estrangeiros”, disse Jorge Arbache, Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, numa entrevista à Reuters. O responsável acrescentou que as empresas e investidores chineses têm uma visão mais a longo prazo para o Brasil.
Um fundo de US$20 mil milhões lançado no ano passado para promover a cooperação industrial entre os dois países recebeu até ao momento 29 propostas, quatro das quais vão ser discutidas numa reunião a ter lugar este mês, revelou Jorge Arbache, que é também secretário-executivo do fundo.
“Se até ao fim de 2018 tivermos cinco projectos aprovados, creio que será muito bom para o primeiro ano”, disse o governante.