Um eventual alívio da dívida concedido pela China não afectaria o ‘rating’ de Angola, defendeu Aurelien Mali, Analista da Global Financial Risk Unit da agência de notação financeira Moody’s, citado pela Lusa.
O analista radicado no Dubai disse à agência noticiosa portuguesa no domingo que o alívio da dívida não configuraria um incumprimento financeiro porque não envolve credores privados.
A China é um parceiro bilateral cuja ajuda financeira a Angola “é garantida pelo Estado e envolve o relacionamento entre Estados”, mesmo quando abrange bancos públicos, sublinhou Aurelien Mali.
No final do ano passado, a dívida bilateral de Angola à China era de US$28,6 mil milhões, estimou a Lusa.
Aurelien Mali defendeu que a descida do preço do petróleo nos mercados internacionais e o desequilíbrio orçamental causado pela descida da receita fiscal e pelo aumento da despesa na saúde devido à pandemia da Covid-19 obrigam Angola a pedir apoio aos credores.