O Governo da China pretende facilitar o investimento das empresas chinesas no exterior, numa altura em que os investidores procuram maior acesso ao mercado internacional, de acordo com a Xinhua, a agência oficial chinesa.
O Conselho de Estado da China publicou esta semana as novas Directrizes ao Investimento Exterior para Empresas Chinesas, reduzindo consideravelmente o número de restrições, adiantou a Xinhua.
Segundo o documento, o Governo Central cancelou a necessidade de aprovação para cerca de 99 por cento do investimento em projectos no exterior da China.
Gu Dawei, Director do Departamento de Investimento Exterior da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, afirmou que as empresas chinesas têm agora o acesso facilitado ao mercado internacional. Citado pela Xinhua, o mesmo responsável disse que a maior parte dos investidores tem agora apenas que efectuar um registo, eliminando-se os procedimentos de aprovação.
Contudo, algumas restrições mantêm-se, especialmente para investimentos em algumas indústrias específicas, em países com conflitos armados ou sob sanções internacionais ou sem relações diplomáticas com a China, segundo a Xinhua.
Citado pela agência de notícias, Long Guoqiang, do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Conselho de Estado, referiu que a nova lista elimina algumas barreiras ao investimento chinês no exterior, o que poderá ajudar o país a adquirir “know-how” e tecnologia estrangeira.
As empresas chinesas têm demonstrado grande interesse em investir no estrangeiro nas últimas décadas, com várias aquisições nas áreas de produção industrial, infra-estruturas, energia, recursos naturais e agricultura.
O investimento chinês no estrangeiro, efectuado por instituições fora do ramo financeiro, cresceu 17,8 por cento nos primeiros dez meses de 2014 para 81,9 mil milhões de dólares, segundo dados revelados pelo Ministério do Comércio do país esta semana.
“A China deverá tornar-se em breve num país exportador de capitais, com o investimento no estrangeiro a crescer acima dos 10 por cento nos próximos cinco anos”, disse o Adjunto do Ministro do Comércio, citado pela Xinhua.