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Economia angolana deve crescer 3,5% em 2015 e 2016: FMI
Tempo de liberação:2015-08-27
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O crescimento económico de Angola deve abrandar para uma média anual de 3,5 por cento no período entre 2015 e 2016, de acordo com novas estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI). O abrandamento face a 2014, quando a economia do país cresceu 4 por cento, deve-se à descida do preço do petróleo nos mercados internacionais, acrescentou o FMI.

As novas estimativas foram apresentadas em conferência de imprensa na terça-feira, após uma visita de trabalho de duas semanas ao país por parte de um grupo de técnicos do FMI, encabeçado por Ricardo Velloso, líder da divisão africana do organismo. Angola é o segundo maior produtor de petróleo em África.

“A actividade económica deve abrandar, fruto de ajustes nos sectores industrial, da construção e dos serviços para fazer face às quebras no consumo privado e investimento público”, explicou Ricardo Velloso, citado pela agência noticiosa Reuters.

A produção petrolífera tem um peso de 40 por cento no produto interno bruto (PIB) angolano, sendo responsável por mais de 95 por cento do valor das exportações do país, de acordo com a Reuters.

O FMI prevê que o défice orçamental angolano se cifre em 3,5 por cento do PIB em 2015, abaixo dos 6,5 por cento registados no ano passado. O melhor desempenho, de acordo com o organismo, deve-se às medidas tomadas pelo país para fazer face à descida nos preços do petróleo. O Governo angolano introduziu um corte de 1,8 triliões de kwanzas (US$14,35 mil milhões) na despesa pública para 2015, agora estimada em 5,4 triliões de kwanzas.

“Os recentes desenvolvimentos sublinham a importância de promover a diversificação económica”, disse Ricardo Velloso. O responsável acrescentou que o crescimento da economia angolana deve acelerar em 2017.