A China deve permitir que a sua economia continue a abrandar no próximo ano, à medida que tenta implementar mais reformas no sistema financeiro, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Num relatório sobre a economia chinesa publicado na semana passada, o FMI prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresça 6,8 por cento este ano, desacelerando de um crescimento de 7,4 por cento em 2014.
“Este abrandamento… reflecte o progresso [que as autoridades chinesas têm feito] para lidar com as vulnerabilidades [da economia], incluindo um crescimento mais lento do financiamento social, maior fiscalização ao sistema bancário, uma correcção no mercado imobiliário e uma nova lei do orçamento”, salientou o FMI.
“Para garantir novos progressos na abordagem destas vulnerabilidades, [as autoridades] deverão permitir que o crescimento abrande para entre 6 e 6,5 por cento no próximo ano”, afirmou o FMI no relatório. “O sucesso da China, tal como no passado, dependerá da implementação de políticas e reformas necessárias mas, ainda assim, muitas vezes difíceis”, acrescentou a instituição.
Porém, a China precisa ainda de implementar mais reformas para garantir um crescimento sustentável, incluindo cortes nas dívidas dos governos locais e empresas estatais, realçou o FMI, acrescentado que as autoridades não devem permitir que a economia abrande de forma brusca.
O PIB da China cresceu 7 por cento no primeiro semestre do ano, em linha com a meta oficial estabelecida pelo Governo para 2015. No entanto, o PIB deverá registar, mesmo assim, o maior abrandamento em termos de taxa de crescimento desde 1990.