A cooperação médica entre a China e Moçambique é “uma das melhores”, defendeu o Vice-Ministro moçambicano da Saúde, Mouzinho Saíde, em declarações à agência oficial chinesa de notícias Xinhua.
“Verificámos que as equipas médicas [da China] demonstram disciplina e conhecimento e constituem bons exemplos […] em termos de operações clínicas, salvando vidas nos hospitais”, afirmou Mouzinho Saíde, em entrevista à agência noticiosa.
De acordo com a Xinhua, a 20ª equipa médica chinesa enviada a Moçambique – e que desempenha actualmente funções naquele país africano – é composta por 13 médicos, que, por mês, tratam, em média, 1.100 pacientes e realizam mais de 120 cirurgias.
Moçambique enfrenta diversos desafios no sector da saúde, nomeadamente devido à prevalência de infecções por HIV/SIDA, malária e tuberculose.
Citado pela Xinhua, o chefe da equipa médica chinesa, Liu Cunwei, alegou que “os médicos chineses são provavelmente os únicos no país a tratarem os pacientes locais de modo gratuito, sem receberem um salário do Governo moçambicano”.
Por outro lado, o Vice-Ministro da Saúde de Moçambique sublinhou a importância que a medicina tradicional chinesa poderá ter no país. “Precisamos de aproveitar este potencial de modo a beneficiar mais pessoas. [A medicina tradicional chinesa] poderia servir como um complemento para lidar com a insuficiência de medicamentos em Moçambique”, afirmou à Xinhua.
Segundo a notícia publicada no domingo, a China enviou já 300 médicos para apoiar o serviço de saúde de Moçambique desde que o país alcançou a independência de Portugal, em 1975.