A China e Portugal assinaram, na terça-feira, um acordo para o lançamento de um programa-piloto ligado ao ensino de mandarim em escolas portuguesas de ensino secundário. A iniciativa arranca em Setembro e os professores serão provenientes da China, de acordo com a agência de notícias portuguesa Lusa.
Ao abrigo do programa, que deverá abranger 400 alunos, o mandarim será ensinado como língua estrangeira opcional em 21 escolas portuguesas.
O acordo de oficialização do programa foi assinado, em Lisboa, pelo Ministro da Educação e Ciência português, Nuno Crato, e o Embaixador da China em Portugal, Huang Songfu – este último em representação do Instituto Confúcio, instituição governamental chinesa de promoção do ensino do mandarim no estrangeiro.
Durante a cerimónia, foram também assinados acordos com oito instituições portuguesas de ensino superior, que vão prestar apoio aos professores provenientes da China.
“A língua é uma ponte muito importante de ligação entre dois povos”, referiu o Embaixador chinês no final da cerimónia. Huang Songfu acrescentou que o domínio do mandarim irá permitir aos jovens portugueses “mais facilidade de manter contactos com amigos chineses”.
O diplomata recordou ainda que o mandarim é a língua mais falada no mundo, apesar de ser uma das mais difíceis de aprender. “Um ano não é suficiente para a dominar”, afirmou Huang Songfu.
O Embaixador chinês disse esperar igualmente que o programa ajude a formar professores de mandarim para Portugal e estimule o intercâmbio bilateral.
Também em declarações durante a cerimónia, o Ministro da Educação e Ciência de Portugal afirmou esperar ver o projecto alargado a mais escolas no futuro.