O Governo de Moçambique poderá vender a privados parte das acções que detém em empresas locais, mas apenas nos casos em que essas companhias não sejam consideradas estrategicamente importantes a nível económico. A ideia foi defendida por Apolinário Panguene, Presidente do Instituto de Gestão das Participações do Estado (Igepe).
Em declarações ao portal de notícias online Macauhub, o responsável explicou que a participação do Governo em mais de metade das 117 empresas que gere actualmente era “muito pequena” e que já tinha começado a vender acções em algumas dessas companhias.
De acordo com a notícia, o IGEPE está, por exemplo, a ponderar vender a sua participação de 20 por cento numa subsidiária da companhia de construção Soares da Costa.
O Presidente do IGEPE admitiu, no entanto, que o instituto se deparou com atrasos, nalguns casos, uma vez que o Governo era apenas um accionista minoritário e outros sócios “têm direitos preferenciais”.
Apolinário Panguene afirmou ainda que os lucros do IGEPE caíram 33 por cento, em termos anuais, para 68,2 milhões de meticais (US$1,8 milhões) em 2014. No futuro, acrescentou, o instituto espera dinamizar a sua presença nos sectores da exploração de gás e de petróleo.