Angola não pediu à China uma moratória de dois anos no pagamento da dívida a Pequim, defendeu o Ministério das Finanças de Angola. O comunicado oficial veio desmentir uma notícia anterior, segundo a qual o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, teria apresentado este pedido, durante a sua visita oficial à China.
As agências noticiosas Bloomberg e Reuters citaram, na sexta-feira, o esclarecimento do Governo angolano, que considerou “incorrectas” as notícias anteriores e garantiu que nem o Presidente angolano nem qualquer ministro de Angola solicitaram a instituições financeiras ou governamentais da China qualquer moratória no pagamento das dívidas do país.
A notícia sobre o alegado pedido de uma moratória de dois anos foi publicada pela agência de notícias angolana Angop, a 10 de Junho. A notícia referia que a solicitação tinha sido feita em Pequim por José Eduardo dos Santos, durante a abertura das conversações oficiais com o homólogo chinês, Xi Jinping.
Agora, e de acordo com o jornal português Económico – que cita a Bloomberg –, o Ministério angolano das Finanças veio afirmar que as negociações entre os dois Governos passaram por encontrar formas de permitir que o investimento continue, “sem comprometer a carteira de dívida existente, particularmente nas circunstâncias actuais do mercado de preços baixos do petróleo”.