A China e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla inglesa) assinaram, no domingo, um acordo de cooperação avaliado em US$50 milhões, para reforçar a troca de conhecimentos sobre agricultura.
O objectivo, refere a agência oficial chinesa de notícias Xinhua, é apoiar os países em desenvolvimento da região Sul na construção de sistemas sustentáveis de alimentação e cadeias de valor agrícola inclusivas.
O reforço da cooperação da China com a FAO vai “beneficiar o desenvolvimento agrícola e o progresso rumo às metas de redução da fome”, defendeu o Vice Primeiro-Ministro chinês Wang Yang, que testemunhou a cerimónia de assinatura, à margem da 39ª Conferência da FAO, que começou no sábado, em Roma.
Segundo a Xinhua, o acordo de cooperação – e, através dele, a nova contribuição da China para o Fundo Fiduciário de Cooperação FAO-China Sul-Sul – inclui, ao longo de cinco anos, o reforço do intercâmbio de peritos agrícolas chineses, sobretudo em regiões de baixos rendimentos e com necessidades a nível alimentar em África, Ásia Central, Ilhas do Pacífico e América Latina.
José Graziano da Silva, Director Geral da FAO – reeleito no sábado –, salientou a necessidade de os países do Sul trabalharem “em conjunto”, reforçando mutuamente a sua capacidade de acção através da partilha “de conhecimentos e ferramentas”, de modo a acabar com a fome.
De acordo com a agência espanhola de notícias EFE, desde o início da iniciativa de cooperação Sul-Sul, em 1996, a China enviou já 1.203 peritos e técnicos para um total de 25 países.
Por outro lado, dados da ONU, citados pelas agências noticiosas, revelam que, desde 1990, a China conseguiu tirar 138 milhões de habitantes de uma situação de fome crónica. Pequim alcançou, ainda, o Objectivo de Desenvolvimento do Milénio de redução para metade da prevalência da fome, antes do prazo de 2015 fixado pela ONU.