Quase todas as economias dos Países de Língua Portuguesa devem crescer em 2015, de acordo com um novo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Timor-Leste deve ser o país lusófono com melhor desempenho económico este ano, segundo o “World Economic Outlook”, publicado este mês.
Após aumentar 6,6 por cento em 2014, o FMI antecipa que o Produto Interno Bruto (PIB) timorense – excluindo o sector petrolífero – cresça 6,8 por cento este ano e 6,9 por cento em 2016. O crescimento do PIB de Timor deverá acelerar para 7,0 por cento em 2020, adianta o FMI.
Moçambique é outro país lusófono em destaque, devendo ser a economia com o melhor desempenho entre os países africanos de língua portuguesa. A instituição financeira prevê que a economia moçambicana aumente 6,5 por cento em 2015, com o crescimento a acelerar para 8,1 por cento no ano seguinte.
São Tomé e Príncipe deve registar um crescimento de 5,0 por cento este ano e de 5,2 por cento em 2016.
As economias de Angola e Guiné-Bissau devem apresentar um crescimento de 4,5 por cento em 2015, em linha com a média de crescimento do PIB da África Subsaariana. O crescimento de ambas as economias deve, no entanto, abrandar em 2016, para 3,9 por cento em Angola e 4,0 por cento na Guiné-Bissau.
Cabo Verde deve apresentar um crescimento de 3,0 por cento este ano, de acordo com as mesmas previsões. O crescimento do PIB do país deve acelerar para 4,0 por cento em 2016, referiu o FMI.
O relatório do FMI indica que o crescimento da economia portuguesa deverá acelerar este ano, após uma expansão de 0,9 por cento em 2014. O PIB do país deve crescer 1,6 por cento este ano e 1,5 por cento em 2016, segundo as previsões do FMI.
O Brasil é o único país lusófono cuja economia deve retrair em 2015. O PIB brasileiro deve cair 1,0 por cento este ano, após um crescimento ligeiro de 0,1 por cento em 2014. A economia brasileira deve voltar a crescer em 2016, com o FMI a prever uma expansão de 1,0 por cento.
No relatório, o FMI refere que a economia da China deve aumentar 6,8 por cento este ano, um abrandamento face à taxa de 7,4 por cento registada em 2014. O Governo chinês anunciou em Março uma meta oficial de 7,0 por cento para o crescimento da economia em 2015, abaixo dos 7,5 por cento em 2014.