O Governo angolano, através da petrolífera estatal Sonangol, assinou, no passado mês de Outubro, com a empresa chinesa CNEC o contrato para a construção da Refinaria do Lobito, na província de Benguela, um investimento global avaliado em US$ 6 mil milhões.
A Sonangol assinou o contrato de Engenharia, Aprovisionamento e Construção com a empresa chinesa China National Chemical Engineering (CNCEC), o de Supervisão da Construção do Projecto com a empresa americana KBR, e o contrato de Serviços de Consultoria para Suporte Técnico com a empresa angolana DAR.
Com um valor inicial de US$ 12 mil milhões de dólares deverá ser executado em 40 meses.
A empreitada, cuja fase de preparação decorreu entre 2012 e 2016, e ma optimização entre 2018 e 2021, arranca ainda este ano.
O Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás angolano, Diamantino Azevedo, considerou que a Refinaria do Lobito, que terá uma capacidade de processamento de 200 mil barris diários, é um “projecto estratégico” para o país e para a região.
Apesar da conjuntura mundial, frisou o Ministro, o Governo angolano está decidido a realizar o projecto, pela sua importância para a economia do país e para a diversificação económica.
Por sua vez, o Presidente da CNCEC, Wen Gang, sublinhou que a sua empresa está comprometida em honrar os compromissos e predispõe-se em seguir sempre os conceitos de integridade, inovação e vantagens mútuas, para fortalecer, de forma abrangente, a unidade e a transparência com os parceiros angolanos.
“A CNCEC é lider internacional em soluções integrantes no sector de engenharia industrial petroquímica”, garantiu Wen Gang.
A companhia tem projectado e construído mais de 70 fábricas de produtos químicos em mais de 80 países.
Para Wen Gang, a Refinaria do Lobito é de extrema importância na estratégia de desenvolvimento de toda a cadeia de indústria petroquímica em Angola.
A Refinaria do Lobito, também conhecida como Sonaref, está localizada a cinco quilómetros a norte da cidade e foi projectada para produzir 200 mil barris por dia.