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Enorme Potencial do Investim'ento no Turismo de Moçambique
Tempo de liberação:2024-04-02
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Localizado na costa sudeste de África, Moçambique é conhecido a nível mundial pelos seus ricos recursos naturais, património cultural vibrante e oportunidades económicas promissoras. Desde o início deste século, o país passou por um crescimento económico acelerado, enfrentou desafios imprevisíveis e experimentou uma recuperação auspiciosa, fazendo do seu percurso económico uma história comovente caracterizada sobretudo pelo optimismo e pela resiliência. A economia moçambicana é impulsionada principalmente pela agricultura, pela exploração mineira (especialmente gás natural e carvão) e pela sua indústria próspera de turismo.


O sector de turismo reveste-se de um importante valor estratégico e económico para Moçambique, apresentando um grande potencial não só para estimular o crescimento sustentável e responsável do país, como também para reforçar o seu contributo para o produto interno bruto (PIB) nacional. Entre 2010 e 2019, as receitas provenientes do turismo internacional representaram, em média, 1,4% do PIB. Em ambos os anos de 2018 e 2019, o turismo moçambicano registou um recorde na sua história, com mais de 2 milhões de chegadas de turistas e receitas turísticas médias anuais de 247 milhões de dólares americanos. Embora tal tendência tenha sido interrompida pela pandemia de coronavírus em 2020, o sector apresenta actualmente sinais de uma recuperação forte.


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Figura 1: Número de chegada de turistas em Moçambique entre 2010 e 2021 (turistas que pernoitam no país, milhões). Fonte: Organização Mundial de Turismo (2023).


Moçambique é um país mundialmente conhecido graças às suas praias encantadoras, aos seus ecossistemas variados e à sua rica biodiversidade, possui também um conjunto singular de património cultural, composto pelas heranças culturais árabes, suaílis, africanas e portuguesas, sendo por isso um destino turístico extremamente atractivo. A grande parte das paisagens naturais do país permanecem preservadas, o que permite proporcionar aos turistas vistas espectaculares e oportunidades para aventuras. O facto de o país possuir uma grande variedade de flora e fauna oferece também uma gama diversificada de produtos para actividades turísticas e projectos de investimento.

 

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Figura 2: Panorama geral dos recursos naturais de Moçambique. Fonte: “Turismo Sustentável de Moçambique: Oportunidades para Investidores”, Governo de Moçambique.


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Figura 3: Destinos turísticos prioritários de Moçambique. Fonte: Instituto Nacional do Turismo de Moçambique (INATUR).

 

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Figura 4: Turismo de Moçambique.

 

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Figura 5: Moçambique possui uma grande variedade de animais selvagens.


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Figura 6: Moçambique possui uma grande variedade de animais selvagens. 


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Figura 7: Moçambique possui uma grande variedade de animais selvagens.


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Figura 8: Actividades culturais diversificadas de Moçambique.


A extraordinária paisagem natural e património de Moçambique são distinguidos por prémios internacionais em diversas ocasiões e geram oportunidades para diferentes projectos e iniciativas de investimento. Em 2021, o Parque Nacional de Chimanimani e a Ilha de Benguerra, abrangida pelo Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto, foram seleccionados pela revista Time como os melhores destinos do mundo. No mesmo ano, o Arquipélago de Bazaruto foi colocado pela revista Condé Nast Traveller no primeiro lugar da sua lista de “Melhores Ilhas da África e do Oceano Índico”. O Parque Nacional de Chimanimani, por sua vez, foi nomeado pela revista National Geographic como “um dos 25 destinos mais excitantes do planeta para 2022”.

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Figura 9: Distinções de Moçambique. Fonte: “Turismo Sustentável de Moçambique: Oportunidades para Investidores”, Governo de Moçambique.


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Figura 10: Parque Nacional de Chimanimani, Moçambique.


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Figura 11: Parque Nacional de Chimanimani, Moçambique.


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Figura 12: Arquipélago de Bazaruto, Moçambique.


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Figura 13: Arquipélago de Bazaruto, Moçambique.


Entre 2010 e 2019, 68% dos turistas internacionais em Moçambique visitaram o país para fins de lazer, enquanto os restantes 32% visitaram por motivos de negócios ou outros fins. Mais de metade dos turistas foram provenientes da África Austral (56,3%), enquanto 16,4% foram da Europa e 5,3% foram da África Oriental. Entre os países africanos, a África do Sul e o Zimbabué foram os maiores mercados emissores, representando respectivamente 53,9% e 7,8% do total de chegadas. Na Europa, Portugal e o Reino Unido foram os principais países de origem, com respectivamente 720 mil (3,4%) e 580 mil (2,7%) de turistas. A diversidade da origem dos turistas reflecte a ampla atracção de Moçambique como um destino turístico.

 

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Figura 14: Perfil dos turistas internacionais em Moçambique (2010–2019). Fonte: Organização Mundial do Turismo (2023), dados fornecidos pelo INATUR e Instituto Nacional de Estatística de Moçambique.


De acordo com os dados do Banco Mundial, o sector terciário e a agricultura constituem os principais motores da recuperação económica de Moçambique entre 2021 e 2023. Sob condições apropriadas, o sector terciário pode explorar um caminho de crescimento inclusivo, garantindo ao mesmo tempo o aumento acelerado de oportunidades de emprego a médio e longo prazo. O sector terciário tem sido o maior contribuinte não apenas para o crescimento do PIB nacional nos últimos anos, mas também para o mercado laboral de Moçambique nas últimas décadas. No entanto, apesar do papel notável que esse sector desempenhou na criação de empregos e no crescimento da economia nacional, a economia moçambicana continua a depender, em grande medida, das indústrias fortemente ligadas à exploração de recursos e à agricultura com baixa eficiência e mão-de-obra intensiva. Em vista disso, é crucial apoiar o desenvolvimento do sector terciário, aumentar a produtividade dos serviços e promover a ligação entre diferentes sectores.


A fim de criar um ambiente favorável ao investimento, o governo moçambicano adoptou uma série de políticas de incentivo e benefício. Além das diversas políticas de incentivo fiscal e da medida de simplificação dos procedimentos de entrada, com o apoio de instituições como a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e do INATUR, o governo tem prestado, de forma activa, orientações aos investidores através de uma série de directrizes. Paralelamente, o Ministério da Terra e Ambiente e o Ministério da Cultura e Turismo também tem sido encarregues de realizar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e emitir licenças para actividades relacionadas com o turismo. Em termos gerais, a parte moçambicana está a envidar esforços para simplificar os procedimentos administrativos outrora burocráticos, isto significa que os promotores do sector do turismo terão acesso a orientações personalizadas em função das suas condições concretas.


De acordo com a Agência para a Promoção de Investimento e Exportações de Moçambique (APIEX), entre 2018 e 2022, a energia tem sido o principal alvo do investimento, seguida da indústria. O terceiro sector em que há mais investimento é turismo e hotelaria, representando 10,8%.

 

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Figura 15: Percentagem do volume total de investimentos aprovados em Moçambique por sector, entre 2018 e 2022 (%). Fonte: APIEX.


Entre 2018 e 2022, os investimentos aprovados no sector de turismo e hotelaria de Moçambique atingiram 1,1 mil milhões de dólares americanos. À medida que a economia recupera, as actividades turísticas estão a regressar aos níveis do período pré-pandemia e com isso, o sector de turismo também está a assistir a um aumento do investimento. Em 2022, o país aprovou investimentos na ordem dos 80 milhões de dólares americanos, um número que se aproxima dos índices antes de 2020.

 

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Figura 16: Volume total de investimentos aprovados para o sector de turismo em Moçambique entre 2018 e 2022 (milhões de dólares americanos). Fonte: INATUR.


Apesar do enorme potencial de desenvolvimento que o turismo de Moçambique apresenta, este potencial e as oportunidades daí decorrentes não têm sido plenamente explorados, uma vez que a sua atracção como um paraíso turístico não tem sido totalmente traduzida nos fluxos de investimento. Porém, este facto representa uma oportunidade singular para investidores com visão e perspicácia.