A banca moçambicana está a envidar esforços para captar mais clientes
empresariais chineses, observou a Economist Intelligence Unit (EIU),
numa nota sobre Moçambique. O fenómeno, considera a EIU, é motivado pelo
crescente interesse de empresas chinesas em investir no país africano.
A
unidade de análise económica da revista britânica The Economist, citada
pela agência Lusa, confirma haver uma “tendência do sector bancário
para melhorar a sua oferta às empresas chinesas” e explica que essa
tendência “reflecte o facto de a sua presença comercial [no país] estar a
crescer”.
Os analistas apontam como exemplo o banco Millennium BIM –
de capitais portugueses e o maior em Moçambique em termos de quota de
mercado de activos –, que no princípio deste mês anunciou um serviço de
troca de moeda externa para empresas chinesas, uma tendência seguida por
outros bancos como o Standard Bank e a Société Générale.
Diversos
projectos de larga escala em andamento em Moçambique têm participação da
China e de empresas chinesas, incluindo nas áreas da exploração de gás
natural liquefeito ou da expansão dos caminhos-de-ferro. “O sector
financeiro de Moçambique é demasiado pequeno para oferecer crédito a
estes megaprojetos, mas os bancos mantêm provavelmente a esperança de
que estas grandes empreitadas encorajem outras firmas privadas chinesas a
expandir a sua presença no país”, nomeadamente no sector dos serviços,
conclui a nota da EIU.