Portugal atribuiu nos primeiros dois meses do ano 143 autorizações de residência a investidores chineses ao abrigo do chamado programa de Vistos Gold, de acordo com a agência portuguesa de notícias Lusa.
Dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), citados pela agência noticiosa, indicam que foram emitidas um total de 209 autorizações de residência em Janeiro e Fevereiro.
O investimento captado através dos Vistos Gold atribuídos nos primeiros dois meses do ano atingiu 127,9 milhões de euros (US$143,4 milhões). Só no mês de Fevereiro, o investimento relativo às autorizações de residência concedidas a investidores de fora da União Europeia mais do que duplicou em comparação com Janeiro, para 89,3 milhões de euros, de acordo com a Lusa.
Desde que o programa foi lançado, em Outubro de 2012, as autoridades portuguesas emitiram um total de 2.997 autorizações de residência ao abrigo deste regime. Segundo a agência noticiosa, a maioria dos vistos foi atribuída a cidadãos de nacionalidade chinesa (2.345), seguindo-se os investidores provenientes do Brasil (123) e da Rússia (104).
O montante relativo aos investimentos efectuados por investidores estrangeiros em Portugal ao abrigo do programa de Vistos Gold, desde Outubro de 2012, atingiu 1,8 mil milhões de euros, de acordo com a mesma notícia.
O programa de Vistos Gold prevê a emissão de autorizações de residência temporária para estrangeiros oriundos de fora da União Europeia que tenham efectuado um investimento mínimo de 500.000 euros na aquisição de um imóvel. Outros tipos de investimento que podem resultar na atribuição de um Visto Gold prendem-se com a transferência de pelo menos 1 milhão de euros de capital para Portugal ou com a criação de 10 postos de trabalho no país.