A actividade industrial da China em Outubro manteve-se inalterada em relação a Setembro, tendo ainda assim registado uma contracção pelo terceiro mês consecutivo.
De acordo com o Gabinete Nacional de Estatísticas da China, o Índice de Gestores de Compras (PMI, na sigla inglesa) atingiu 49,8 pontos em Outubro, um valor idêntico ao do mês anterior.
Um valor abaixo dos 50 pontos indica um cenário de contracção, enquanto um valor acima dessa fasquia aponta para uma expansão.
“Devido à fraca recuperação da economia global e à pressão negativa sobre a economia interna registadas recentemente, os fabricantes continuam a enfrentar uma situação grave ao nível das importações e exportações”, explicou, em comunicado, Zhao Qinghe, um dos analistas seniores do Gabinete Nacional de Estatísticas da China.
O mesmo organismo chinês anunciou no domingo que o PMI para o sector dos serviços atingiu 53,1 pontos em Outubro, o que representa uma redução de 0,3 pontos percentuais em relação a Setembro. Apesar de o indicador se manter em campo positivo – um valor acima de 50 pontos indica expansão –, tratou-se do resultado mais baixo desde finais de 2008, aquando da crise financeira global.
Desde Novembro de 2014, o Governo chinês efectuou por seis vezes cortes nas taxas de juro de referência. Em 2015, o Executivo da China baixou já por quatro vezes o rácio de reservas obrigatórias para os bancos, referente à quantidade mínima de dinheiro que os bancos necessitam de manter em caixa.
O produto interno bruto da China cresceu 6,9 por cento no terceiro trimestre deste ano. Trata-se da mais baixa taxa de crescimento económico da China nos últimos seis anos.