A China registou, em Maio, a quebra menos acentuada das suas exportações, mas as importações caíram mais do que era esperado. Os dados foram revelados esta segunda-feira pelos Serviços de Alfândega da China.
As exportações, segundo os dados oficiais, caíram, em Maio, 2,5 por cento em termos anuais, para US$191.2 mil milhões, o que traduz uma recuperação em relação à queda de 6,2 por cento registada em Abril e à de 14,6 por cento verificada em Março.
A agência oficial chinesa de notícias Xinhua descreve os resultados obtidos em Maio como reflectindo “um sinal encorajador”. A agência cita Qu Hongbin, um dos principais economistas do banco HSBC, que entende que a melhoria nas exportações foi impulsionada pelo novo fôlego no comércio com economias como os Estados Unidos. O especialista ressalvou, no entanto, que “o fraco desempenho das exportações vai continuar a pesar no investimento na produção industrial, no emprego e no sentimento das empresas”.
Ainda de acordo com os Serviços de Alfândega da China, as importações chinesas caíram 17,6 por cento, acima dos 10,7 por cento esperados – a balança comercial registou, assim, um saldo positivo de US$59,49 mil milhões. Para o HSBC, a contracção nas importações indica uma “fraca procura interna” na China.
Nos primeiros cinco meses do ano, o comércio externo na China registou uma contracção de 8 por cento, comparativamente à meta de crescimento de 6 por cento fixada para todo o ano de 2015.