As relações entre as províncias de Zhejiang e Jiangsu com Macau e os Países de Língua Portuguesa estiveram em destaque, em Outubro de 2022, numa série de encontros destinados ao reforço dos laços existentes.
Durante uma Sessão de Cooperação e Intercâmbio Económico e Comercial entre Zhejiang, Macau e os Países de Língua Portuguesa, organizada pelo Governo Popular da Província de Zhejiang e apoiada pelo Secretariado Permanente do Fórum de Macau, o Vice-Governador da província chinesa, Dr. Lu Shan, disse que Zhejiang continua a trabalhar com os Países de Língua Portuguesa (PLP) com o objectivo de promover a liberalização e facilitação do comércio e investimento, reforçar a conectividade de infra-estruturas e a cooperação na capacidade produtiva, para além de desenvolver a cooperação em comércio verde, conservação de energia e protecção ambiental.
“Para tal efeito, os empresários de Zhejiang devem reforçar o intercâmbio e a cooperação com várias entidades empreendedores e inovadoras de Macau e dos PLP, promovendo, em Zhejiang, a divulgação, a aplicação e a industrialização de realizações inovadoras e projectos de investigação científica” acrescentou Lu Shan.
O Secretário para a Economia e Finanças do governo de Macau, Lei Wai Nong, presente na sessão, defendeu que com base na estreita cooperação existente no passado, “Macau continuará a trabalhar com Zhejiang e outras províncias e municípios e com os PLP para aproveitar conjuntamente as oportunidades existentes com a construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, a construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e o desenvolvimento integrado do Delta do Rio Yangtze, no sentido de promover ainda mais a interconexão dos mercados interno e externo e cultivar novos pontos de crescimento económico.”
O Secretário-Geral do Fórum, Dr. Ji Xianzheng, assegurou, durante o encontro, que o “Secretariado Permanente implementará os consensos alcançados por líderes e ministros dos diversos países e promoverá continuamente o intercâmbio e a cooperação entre os membros participantes do Fórum em diversas áreas, como economia, comércio e cultura, destacando as prioridades de combate da epidemia, recuperação económica e construção da Plataforma de Macau, estando, por essa razão, aberto à cooperação com as entidades públicas e as empresas de Zhejiang“.
No mesmo dia, e durante a realização da 12ª Cimeira para o Desenvolvimento Comercial e Industrial da Província de Jiangsu, Macau e os Países de Língua Portuguesa, o Secretário-Geral, Dr. Ji Xianzheng, recordou que desde a sua criação, em 2011, as cimeiras têm sido realizadas com sucesso e alcançado resultados práticos, assim como uma ampla influência social na promoção da cooperação industrial e intercâmbio cultural entre Jiangsu, Macau e os PLP. A cimeira tornou-se já um alicerce significativo e uma janela de cooperação para o intercâmbio económico e cultural entre Jiangsu, Macau e os PLP, servindo como um modelo exemplar de cooperação económica e comercial entre as províncias e municípios do Interior da China e os PLP, aproveitando Macau como Plataforma.
Por seu turno, o Secretário-Geral Adjunto do Secretariado Permanente do Fórum, Dr. Paulo Jorge do Espírito Santo, defendeu a necessidade de proceder urgentemente à reformulação do Protocolo-Quadro de Cooperação, assinado em 2011, adoptando-o aos novos tempos e em estreita articulação com a Iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, para construir uma cooperação mais benéfica para todas as partes e buscar as melhores soluções para alavancar o desenvolvimento económico, especialmente apoiando as pequenas e médias empresas.
Ainda no âmbito dos encontros do Fórum de Macau com entidades da China continental, o Secretário-Geral Adjunto, Dr. Ding Tian, participou, no mesmo período, numa Sessão de Promoção da Zona de Demonstração para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e a Organização para Cooperação de Xangai (SCO).
Ding Tian garantiu que o Fórum de Macau continuará a promover a cooperação nas áreas económicas, comerciais e culturais entre as partes participantes, desenvolver plenamente o papel de Macau enquanto Plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de Língua Portuguesa, “no sentido de prestar serviços às empresas, sobretudo Pequenas e Médias Empresas (PME), para a promoção das oportunidades de negócios e de investimento e o desenvolvimento dos potenciais projectos.”
O Secretário-Geral Adjunto do Fórum mostrou ainda a total disponibilidade da instituição para manter a comunicação com a SCO, no sentido de explorarem em conjunto novas oportunidades de cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
