O Banco Mundial reduziu as suas estimativas de crescimento para 2016 em relação à maioria dos Países de Língua Portuguesa.
No seu mais recente relatório, publicado esta semana, o organismo prevê que o produto interno bruto (PIB) do Brasil registe uma contracção de 4,0 por cento este ano, prolongando por um terceiro ano consecutivo o período de recessão vivido pelo país. Em Janeiro, o organismo internacional, sedeado em Washington, tinha previsto uma contracção de 2,5 por cento para a economia brasileira em 2016.
O Banco Mundial também reviu em baixa a projecção para Angola. As mais recentes estimativas apontam para um crescimento do PIB de 0,9 por cento em 2016, face à anterior estimativa de 3,3 por cento divulgada em Janeiro.
O organismo alterou igualmente as projecções para Moçambique. O PIB deste país africano deve registar um crescimento de 5,8 por cento em 2016; a estimativa anterior apontava para um aumento de 6,5 por cento.
Quanto a outros Países de Língua Portuguesa, o Banco Mundial prevê, para Cabo Verde, um crescimento de 1,5 por cento em 2016, abaixo da previsão de 3,5 por cento anunciada em Janeiro. No caso de Timor-Leste, a previsão passou de 6,9 por cento para 5,0 por cento.
A Guiné-Bissau foi o único País de Língua Portuguesa a beneficiar de uma revisão em alta por parte do Banco Mundial: o organismo prevê que o PIB do país registe um crescimento de 5,7 por cento em 2016, acima da estimativa de 4,9 por cento apresentada em Janeiro.
O mais recente relatório do Banco Mundial não inclui qualquer projecção para Portugal. Já no que diz respeito à China, o Banco Mundial manteve a sua previsão de um crescimento económico de 6,7 por cento em 2016.
O Banco Mundial reviu também em baixa a projecção de crescimento para a economia mundial. A mais recente previsão aponta agora para uma expansão de 2,4 por cento, face à estimativa de 2,9 por cento apresentada em Janeiro.
“A revisão tem por base o ténue crescimento verificado nas economias desenvolvidas, os persistentes preços baixos no que toca às matérias-primas, o fraco desempenho do comércio internacional e também quebras nos fluxos de capitais”, explicou o organismo.