A petrolífera estatal China National Offshore Oil Corp (CNOOC) está entre as empresas que têm contratos preliminares para importar gás natural de Moçambique, de acordo com a agência de notícias Reuters. Os acordos até agora assinados – que não foram ainda oficialmente anunciados – oferecem termos flexíveis para contratos com uma duração de 20 anos, avança a Reuters.
Contratos preliminares foram também assinados com empresas do Japão, Emirados Árabes Unidos, Índia, a PT Pertamina da Indonésia e a PTT Pcl da Tailândia, segundo a agência de notícias.
A petrolífera norte-americana Anadarko Petroleum Corp está já a construir as primeiras duas de 10 estações de liquefação de gás natural para exportação.
A primeira unidade de liquefação na Área 1 da bacia do Rovuma terá uma capacidade de produção de perto de 10 milhões de toneladas anuais, a partir de 2021, representando um investimento de 23 mil milhões de dólares. Formalizar os contratos preliminares é crucial para garantir o financiamento necessário para o projecto, segundo a Reuters.
O Standard Bank prevê que exportação de gás natural renderá cerca de 67 mil milhões de dólares ao governo moçambicano durante os 30 anos do projecto inicial da Anadarko. O valor poderá subir para 212 mil milhões de dólares assim que estejam em funcionamento seis estações de liquefação.
De acordo com a Reuters, os contratos preliminares cobrem dois terços do volume de gás natural do projecto da Anadarko. As partes estão agora a tentar formalizar os contratos até ao final do ano.
A CNOOC terá negociado a compra anual de entre 2 milhões e 2,5 milhões de toneladas de gás. “Os termos do acordo com a CNOOC foram já acertados, estando agora apenas à espera da decisão final de investimento,” fonte ligada ao processo disse à Reuters.
No ano passado, a também chinesa Sinopec comprou à petrolífera italiana ENI uma participação de 20 por cento na Área 4 da bacia do Rovuma por 4,2 mil milhões de dólares.