A economia brasileira deverá registar uma contracção de 3,5 por cento em 2016, de acordo com as mais recentes estimativas da agência de notação financeira Fitch Ratings.
Em Dezembro, a Fitch tinha previsto para 2016 uma contracção de 2,5 por cento da economia brasileira.
Num comunicado emitido na segunda-feira, a agência de notação afirma ter revisto a previsão relativa ao Brasil devido ao “enfraquecimento dos preços das matérias-primas”, ao impacto de “uma elevada incerteza política” sobre a confiança, à “deterioração do mercado de trabalho e das condições de crédito”, bem como ao reforço das políticas macroeconómicas em 2015.
No seu mais recente relatório “Perspectivas Económicas Globais”, a Fitch reviu também a projecção de crescimento económico da China. “O crescimento na China deverá ser ligeiramente mais fraco, de 6,2 por cento (em vez de 6,3 por cento), reflectindo revisões em relação à procura externa”, lê-se no comunicado.
“Apesar dos desafios consideráveis que [a China] enfrenta, parece haver políticas e diversidade suficientes em termos de fontes de crescimento” para evitar um eventual abrandamento abrupto em 2016, afirmou a Fitch.
No relatório, a agência de notação financeira informa ter feito cortes nas projecções de crescimento relativas a vários países, mas sublinha não esperar qualquer recessão global em 2016.