O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registou entre Julho e Setembro uma contracção anual de 4,5 por cento. Foi o terceiro trimestre consecutivo de contracção, de acordo com dados divulgados na terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, a quebra anual foi “a maior queda desde o início da série histórica iniciada em 1996”. De acordo com o jornal Financial Times, “o maior país da América Latina prepara-se para enfrentar a pior recessão desde os anos 1930”.
Dados oficiais revelaram também que, no terceiro trimestre de 2015, o investimento caiu 15 por cento em termos anuais – foi o nono trimestre consecutivo de quebras. A contribuição dos sectores dos serviços e da indústria também caiu pelo quarto e sexto trimestres consecutivos, respectivamente, o que constituiu a mais longa tendência negativa até agora registada, de acordo com a agência de notícias Reuters.
O Ministério das Finanças do Brasil afirmou em comunicado que os dados do terceiro trimestre indicam “uma extensão do período de ajuste da economia brasileira, em significativa parte [devido a] factores que vão além do impacto do reequilíbrio fiscal na demanda agregada, e decorrentes da persistência de incerteza”.
Ainda de acordo com o IBGE, no terceiro trimestre de 2015, a economia do Brasil contraiu 1,7 por cento em comparação com o trimestre anterior.