A Directora-Geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, defendeu na sexta-feira a inclusão da moeda chinesa – o yuan – no cabaz de moedas dos Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla inglesa), noticiou o jornal The Wall Street Journal.
De acordo com o diário, Christine Lagarde manifestou o seu apoio à iniciativa depois de um relatório elaborado por funcionários do FMI ter concluído que o yuan cumpria os critérios necessários para vir a integrar o cabaz SDR, um mecanismo internacional de activos de reserva, criado pelo organismo.
No relatório citado pelo jornal, os técnicos do FMI indicam que a moeda chinesa é “amplamente utilizada” para transacções internacionais e nos principais mercados cambiais.
O The Wall Street Journal refere ainda que, na sequência desta avaliação, a direcção do FMI deverá aprovar no final do mês a entrada do yuan no cabaz SDR.
Segundo a agência oficial chinesa de notícias Xinhua, o banco central da China disse no sábado ter ficado satisfeito com as declarações de Christine Lagarde.
A Xinhua acrescenta que, em 2010, o yuan não foi autorizado a entrar no cabaz, uma vez que, na altura, o FMI considerou que a moeda chinesa não respeitava o critério que estipula que as moedas a integrarem o cabaz devem ser de “uso livre”.
O cabaz – revisto a cada cinco anos – inclui, actualmente, o dólar dos Estados Unidos, o iene (Japão), a libra esterlina (Reino Unido) e o euro.