O crescimento económico da China deverá abrandar para 6,2 por cento em 2017, devido à reestruturação económica em curso no país, prevê a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
No seu mais recente relatório semestral “Perspectivas Económicas”, divulgado na segunda-feira, a organização sedeada em Paris diz esperar que o crescimento económico chinês atinja 6,8 por cento este ano, numa altura em que a economia chinesa “transita de um crescimento com base na indústria para um com base nos serviços e lida com desequilíbrios nos sectores do imobiliário e das indústrias pesadas”.
A OCDE avisa que ultrapassar tranquilamente este tipo de desequilíbrios constitui um desafio e alerta para o facto de o crescimento económico do país poder desacelerar para 6,2 por cento em 2017.
No terceiro trimestre do ano, o crescimento económico da China abrandou para 6,9 por cento, o ritmo mais lento dos últimos seis anos. Este mês, o Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que entre 2016 e 2020, a média anual de crescimento económico do país não deverá ser inferior a 6,5 por cento.
No relatório, a OCDE prevê ainda que a economia brasileira contraia 3,1 por cento em 2015 e 1,2 por cento em 2016. O organismo espera, no entanto, que o Brasil registe um crescimento de 1,8 por cento em 2017.
O relatório refere-se também à economia portuguesa que, segundo os analistas da OCDE, deverá crescer 1,7 por cento em 2015. O crescimento económico de Portugal deverá abrandar depois, gradualmente, devendo atingir 1,5 por cento em 2017, de acordo com o documento.