A coligação de centro-direita que governa Portugal venceu as eleições legislativas de domingo, mas perdeu a maioria absoluta no Parlamento, noticiou a emissora portuguesa Rádio Renascença.
A coligação é liderada pelo actual Primeiro-Ministro português, Pedro Passos Coelho, e é composta pelo Partido Social Democrata (PSD) e o Partido Popular (CDS-PP).
No domingo, a coligação obteve 36,83 por cento dos votos. Somados estes votos aos obtidos pelo PSD e pelo CDS nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores – onde os partidos concorreram separados –, as duas forças asseguraram um total de 104 lugares no parlamento português, que tem 230 assentos.
No seu discurso de vitória, Pedro Passos Coelho afirmou que iria interpretar os resultados “com humildade” e procurar encontrar “os compromissos indispensáveis para dar estabilidade às políticas dos últimos quatro anos, de recuperação económica”.
O principal partido da oposição em Portugal, o Partido Socialista (PS), obteve 32,38 por cento dos votos e um total de 85 assentos no parlamento.
O Bloco de Esquerda (BE) tornou-se na terceira força política no órgão legislativo do país, ao eleger 19 deputados – mais dois do que a Coligação Democrática Unitária (CDU), composta pelo Partido Comunista Português (PCP) e o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV).
De acordo com dados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições de Portugal, a participação nas legislativas de domingo foi inferior à registada nas eleições de 2011. No domingo, votaram 56,93 por cento dos eleitores portugueses, comparativamente a 58,93 por cento há quatro anos.
A economia portuguesa registou uma expansão de 0,9 por cento no ano passado, depois de ter contraído nos três anos anteriores. No segundo trimestre de 2015, o produto interno bruto português cresceu 1,5 por cento, em termos anuais.
O país saiu de um programa de resgate financeiro internacional coordenado pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional em Maio de 2014.