Um estudo realizado pelo Instituto de Estratégia Internacional de Guangdong, a pedido do Comité de Administração de Hengqin, sugere que as autoridades chinesas apostem na cooperação com os países de língua portuguesa e latino-americanos. O estudo indica que esta poderá ser uma estratégia de desenvolvimento para a nova zona especial da Ilha de Hengqin e para a província de Guangdong, noticiou o Jornal Tribuna de Macau.
De acordo com o jornal, o estudo propõe a criação de um centro de formação para empresários chineses, para que estes conheçam melhor a realidade económica e comercial destes países.
Os autores do estudo defendem igualmente a criação de um centro de estudos estratégicos direccionado para os países lusófonos e latino-americanos e a negociação de regimes de credenciação para que haja um reconhecimento mútuo de profissionais em áreas como o turismo, direito ou engenharia.
No estudo, são elencadas várias oportunidades nos países de língua portuguesa. As áreas da produção de medicamentos, turismo e sector alimentar são vistas como prioritárias para o reforço do investimento e das parcerias comerciais entre Guangdong e Portugal, frisando-se que o modelo de cooperação deve incluir também Macau, segundo a notícia do Jornal Tribuna de Macau.
No que toca ao Brasil, o estudo sugere a aposta no sector têxtil, uma vez que se trata de uma área em grande desenvolvimento tanto na China como no país sul-americano.
Quanto a Angola, é destacada a grande riqueza de recursos naturais do país e as intenções de Guangdong em investir mais em áreas ligadas às minas e infra-estruturas.