O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou ter adiado para 30 de Setembro de 2016 o prazo para decidir se a moeda chinesa – o yuan – deverá ser incluída no cabaz de moedas dos Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla inglesa).
Num comunicado na quarta-feira citado pela agência financeira Bloomberg, o FMI disse que o Conselho Executivo da instituição votou a favor da extensão do prazo para decidir sobre o alargamento do cabaz de moedas.
O cabaz SDR constitui um mecanismo internacional de activos de reserva – criado pelo FMI – e inclui, actualmente, o dólar americano, o iene (Japão), a libra esterlina (Reino Unido) e o euro. O cabaz é revisto a cada cinco anos.
Em Julho, técnicos do FMI tinham recomendado ao Conselho Executivo que adiasse a decisão quanto à inclusão do yuan no cabaz, de forma a minimizar o impacto nos mercados financeiros. A decisão estava originalmente prevista para Novembro.
A China procedeu, na semana passada, à maior desvalorização da sua moeda desde 1994, para que a respectiva taxa de câmbio acompanhe mais de perto as flutuações do mercado, informou, na altura, o banco central do país.
A decisão final do FMI dependerá, entre outros factores, de uma avaliação sobre o cumprimento, por parte do yuan, dos critérios de inclusão no cabaz SDR – as suas moedas devem pertencer a um dos quatro maiores exportadores do mundo e ser de “uso livre”.