O Instituto de Medicina Tradicional de Portugal anunciou na quarta-feira que abriu uma empresa – com o mesmo nome – em Macau, para promover a cooperação nesta área. A notícia foi avançada pelo jornal de Macau em língua portuguesa Jornal Tribuna de Macau.
Frederico Carvalho, director de operações do instituto, afirmou que seria “um erro estratégico” não aproveitar o papel desempenhado por Macau como plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Citado pelo jornal, o responsável explicou que a nova empresa vai concentrar-se na área da formação, incluindo a formação de profissionais de “spa”, devido ao desenvolvimento da indústria hoteleira em Macau.
A nova companhia, acrescentou o responsável, tem também como objectivo a promoção do comércio de produtos de medicina tradicional – tanto aqueles que pretendam fazer entrar esses produtos no mercado chinês, como os que procuram fazer com que os produtos oriundos da China entrem noutros mercados, como o europeu.
Frederico Carvalho adiantou também que o instituto assinou um acordo com o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação entre Guangdong-Macau, com o objectivo de criar um centro de cooperação internacional para a área da medicina tradicional.
Frederico Carvalho visitou Macau para participar no Fórum de Cooperação Internacional de Medicina Tradicional 2015 – Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação entre Guangdong-Macau, que decorreu na terça-feira.
Moçambique também assinou um acordo com o Parque Científico e Industrial, para reforçar a cooperação nesta área, explicou Felizbela Gaspar, directora do Instituto de Medicina Tradicional do Ministério da Saúde moçambicano.
Também citada pelo Jornal Tribuna de Macau, a dirigente explicou que os objectivos passam pela promoção do processamento e das exportações de plantas medicinais locais. Outra das metas visa ponderar a viabilidade de alguns terrenos de Moçambique poderem vir a ser utilizados pela China para colheitas de determinadas plantas medicinais.
“Macau também poderá dar apoio no reforço da capacidade, em termos de material médico e maquinaria especializada. Falamos também na abertura de laboratórios para processamento das espécies medicinais que podem ser apoiados com financiamento da China e Macau”, sublinhou Felizbela Gaspar.