A China espera reforçar a cooperação industrial com Moçambique e há já empresas – estatais e privadas – interessadas em avançar nesse sentido. A ideia foi deixada na sexta-feira, em Maputo, pelo Embaixador da China em Moçambique, Li Chunhua.
“A China, ao fim de mais de 40 anos de reformas económicas, já tem condições para reforçar a cooperação na área da industrialização, o que corresponde às necessidades dos países africanos, nomeadamente Moçambique”, afirmou o Embaixador, à margem das celebrações das quatro décadas das relações diplomáticas de Moçambique com o mundo.
Em declarações à agência portuguesa de notícias Lusa, o diplomata assegurou que Pequim não está meramente interessado nos recursos naturais do continente africano, mas procura, em vez disso, uma cooperação que proporcione “vantagens recíprocas”, incluindo benefícios destinados a países com recursos limitados.
Li Chunhua, que está prestes a terminar o seu mandato, sublinhou ainda o facto de a cooperação entre Pequim e Maputo ter vindo sempre a crescer desde 1975.
De acordo com a agência Lusa, em 2014, a China foi o quinto maior investidor estrangeiro em Moçambique, com o investimento total a rondar os 65 milhões de euros (US$72,8 milhões). Já as trocas comerciais entre os dois países atingiram, no ano passado, os 3 mil milhões de euros.