O grupo chinês Shenzhen Qianhai Zhongjin (SQZG) poderá vir a financiar mais de uma operação de exploração de grafite da Triton Minerals, no norte de Moçambique. A notícia foi avançada pela companhia mineira australiana, num comunicado enviado ao portal de notícias Macauhub, em Maputo.
Segundo o artigo, depois de ter assinado uma carta de intenções com a Triton Minerals para financiar em US$200 milhões o projecto do monte Nicanda, o grupo chinês está agora a estudar a hipótese de vir a alargar o pré-acordo à concessão que a empresa australiana detém em Ancuabe, também na província de Cabo Delgado.
De acordo com a nota de imprensa, citada pelo Macauhub, a decisão surge depois de vários contactos entre a SQZG e dois ministérios chineses, que terão levado o grupo a considerar que os activos da Triton Minerals em Moçambique poderão ser estratégicos para o país.
A Triton Minerals explica que a SQZC requereu uma prorrogação da carta de intenções por seis meses, de modo a avaliar a possibilidade de vir a integrar a concessão de Ancuabe no pré-acordo, cujos contornos permanecem inalterados.
A empresa australiana acredita que o período solicitado pelo grupo chinês dará “tempo suficiente” à mineira para levar a cabo “a perfuração inicial e ensaios adicionais, assim como obter os resultados metalúrgicos do projecto de grafite de Ancuabe”.
O acordo inicial, segundo o Macauhub, prevê um investimento directo de US$100 milhões por parte da SZQG no capital próprio da Triton Minerals, devendo o restante valor ser concedido através de um empréstimo.