A China vai reduzir as tarifas alfandegárias sobre vários produtos importados, de forma a estimular o consumo doméstico, anunciou na terça-feira o Conselho de Estado.
Após uma reunião presidida pelo Primeiro-Ministro Li Keqiang, o executivo chinês disse em comunicado que vão ser introduzidas alterações, a título experimental, nas tarifas alfandegárias sobre vários produtos de grande consumo. As alterações devem entrar em vigor em Junho.
“O aumento do consumo doméstico é uma importante medida para estabilizar o crescimento [económico] e reestruturar [a economia]”, explicou a nota do Conselho de Estado, sem detalhar que produtos seriam cobertos pela medida nem referir a extensão dos cortes nas tarifas.
O anúncio surge após a economia chinesa ter crescido apenas 7,0 por cento no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo, o valor mais baixo desde 2009. As vendas a retalho em Março aumentaram 10,2 por cento em termos anuais, a taxa mais baixa em quase uma década.
O comunicado de terça-feira do Conselho de Estado refere ainda que as autoridades chinesas vão autorizar a abertura de mais lojas “duty-free” nas fronteiras chinesas. Por outro lado, a nota aponta também para a necessidade de alterar as actuais políticas fiscais ligadas aos bens de grande consumo, de forma a evitar uma elevada carga fiscal sobre produtos importados como cosméticos e vestuário.