Um total de 15 representantes de países lusófonos participaram, em Outubro passado, no Colóquio sobre a Cooperação no domínio da Medicina Tradicional para os Países de Língua Portuguesa, organizado pelo Centro de Formação do Secretariado Permanente do Fórum de Macau.
O Colóquio, que teve lugar entre 14 e 26 de Outubro, contou com o apoio do Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação entre Guangdong e Macau. O encontro realizou-se em Macau e na Província de Guangdong, nomeadamente em Guangzhou, Hengqin e Jiangmen.
Os participantes no Colóquio eram oficiais e técnicos na área da Medicina Tradicional, oriundos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.
Durante o encontro, os formandos abordaram vários temas, como os avanços nos estudos sobre a modernização da medicina tradicional, o desenvolvimento e cooperação com os Países de Língua Portuguesa no domínio da Medicina Tradicional, e o modelo de promoção do Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação entre Guangdong e Macau no panorama internacional no contexto da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”.
Durante a estadia em Macau, os formandos visitaram o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento e a Universidade de Macau, tendo também participado na 29.ª Feira Internacional de Macau e na 16.ª Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa. Os participantes tiveram também a oportunidade de recolher algumas plantas medicinais no Parque de Seac Pai Van.
Durante a estadia na Província de Guangdong, os formandos visitaram o Hospital de Medicina Tradicional Chinesa de Guangdong, em Guangzhou, e uma empresa de renome em Jiangmen, a “Antiga Marca Tradicional Chinesa Xin Bao Tang”.
Foram também organizadas visitas ao Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação entre Guangdong e Macau e à Sala de Exposições da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin.
Aprofundar conhecimento
A Cerimónia de Encerramento e de Entrega de Certificados do colóquio teve lugar no dia 25 de Outubro, contando com a presença do Secretário-Geral do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, Ji Xianzheng; da Sub-directora do Departamento dos Assuntos Económicos e Responsável da Divisão Comercial do Gabinete de Ligação do Governo Central na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Li Huaying; da Gerente-Geral Assistente da Companhia de Desenvolvimento do Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação entre Guangdong e Macau, Xu Yanbin; e do Encarregado de Negócios do Consulado Geral de Moçambique na RAEM, Aurélio de Jesus Chiconela.
No seu discurso na cerimónia, o Secretário-Geral Ji Xianzheng afirmou que as actividades do colóquio enriqueceram e aprofundaram os conhecimentos e práticas adquiridos pelos formandos no domínio da medicina tradicional, favorecendo a consolidação da cooperação sino-lusófona na área da saúde.
No seu discurso, Xu Yanbin sublinhou que o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação entre Guangdong e Macau é um importante suporte para a diversificação adequada da economia de Macau e uma fundamental plataforma para a industrialização, a modernização e a internacionalização da medicina tradicional chinesa.
A responsável disse também esperar que os formandos pudessem levar os conhecimentos e as experiências adquiridas durante o colóquio para os seus respectivos países, no sentido de contribuir para o desenvolvimento do sector da medicina tradicional.
O representante rotativo do colóquio, Feliciano Njele Hequele, enalteceu a iniciativa de formação, e afirmou que o Colóquio não só destacou a riqueza e a profundidade da medicina tradicional chinesa, mas também proporcionou um espaço valioso para o diálogo e a troca de experiências entre os participantes.
Feliciano Njele Hequele manifestou ainda o seu entusiasmo pelas possibilidades de cooperação na área da medicina tradicional entre a China e os países lusófonos, que poderá beneficiar não apenas as comunidades, mas também contribuir para um futuro mais saudável e harmonioso.