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Timor-Leste nomeia novo Delegado
Tempo de liberação:2024-07-06
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Timor-Leste tem novo Delegado junto do Fórum de Macau

António Ramos da Silva começou a exercer funções, a 1 de Março, como novo Delegado de Timor-Leste junto do Secretariado Permanente do Fórum de Macau.


A nomeação de António Ramos da Silva acontece em menos de seis meses depois da República Popular da China e Timor-Leste terem anunciado, em Setembro de 2023, a elevação das relações bilaterais para uma “parceria estratégica abrangente”. O anúncio foi feito em conjunto pelo Presidente Xi Jinping e o Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão. Na altura, Xi Jinping afirmou que “a China continua disposta a apoiar Timor-Leste no processo de modernização do país, de forma a trazer mais benefícios aos dois povos”.


Timor-Leste “aprecia muito” o “papel importante” que a “China desempenha, tanto a nível bilateral, como multilateral”, salienta o novo representante de Timor-Leste junto do Secretariado Permanente do Fórum de Macau.


“Em termos bilaterais, gostaria de realçar a relação diplomática que Timor-Leste tem desenvolvido com a China nos últimos 20 anos”, afirma o responsável. As duas partes continuam a “reforçar a cooperação”, que abrange diversos sectores, “desde a educação e saúde, comércio e desenvolvimento económico, envolvendo também a participação de empresas estatais chinesas na construção de infra-estruturas” em solo timorense, acrescenta. 


Experiência ao serviço da cooperação


António Ramos da Silva possui uma vasta experiência em cargos ligados ao Governo timorense. Pós-graduado em Direitos Humanos e Democracia e licenciado em Relações Internacionais, assumiu diferentes postos desde 2008, entre os quais o de Assessor de Média e Comunicação do Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Assessor de Média do Ministério das Obras Públicas, e Assessor de Média do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicação. Foi também Consultor no Gabinete de Apoio do Ministério dos Transportes e Comunicações, bem como Assessor do Ministério para os Assuntos dos Combatentes da Libertação Nacional.


O novo representante de Timor-Leste junto do Secretariado Permanente do Fórum de Macau já desempenhou igualmente cargos em representação internacional do seu país, tendo sido o Ponto Focal para Assuntos de Economia, Comércio e Finanças junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Além disso, foi ainda Presidente da Associação de Defesa de Consumidores de Timor-Leste.


O trabalho desenvolvido pelo Fórum de Macau desde 2003 é elogiado pelo novo representante timorense junto do organismo. António Ramos da Silva sublinha os “benefícios mútuos” que têm sido alcançados em proveito das partes envolvidas na organização.


“O Fórum de Macau é um mecanismo multilateral de cooperação que pode fomentar a integração regional dos Países Participantes e a partilha de conhecimento e experiência”, destaca o responsável. Todos os membros devem continuar a trabalhar para “enriquecer cada vez mais” o papel do Fórum de Macau, “tanto do ponto de vista económico e comercial, como também no plano geopolítico e geoestratégico”, diz, sublinhando a necessidade de se continuarem a promover intercâmbios igualmente nas áreas da cultura, educação, artes e desporto.


“O Fórum de Macau pode também desempenhar um papel importante no contexto internacional actual e no âmbito das organizações internacionais”, nota ainda António Ramos da Silva. No caso específico de Timor-Leste, a experiência numa organização como o Fórum de Macau pode contribuir para “ajudar a cumprir o roteiro para a integração” do país na Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) em 2025, defende o Delegado de Timor-Leste.


O responsável considera importante realçar o papel de plataforma sino-lusófona de Macau: durante as últimas duas décadas, o território acolheu múltiplos encontros e eventos de relevo visando promover a cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa. “Macau continua a servir como uma ponte nesta relação de harmonia” entre, por um lado, países e povos que comungam da mesma língua, e, por outro, a China, conclui.