Por iniciativa das representações diplomáticas dos Países de Língua Portuguesa foi celebrado pela primeira vez, na capital chinesa, o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no dia 5 de Maio. A iniciativa contou com o grande apoio do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau), numa recepção que registou a participação de cerca de 500 convidados, entre os quais: o corpo diplomático dos Países de Língua Portuguesa e restantes representações diplomáticas acreditadas em Pequim, empresários de Macau e do Interior da China, académicos, estudantes dos Países de Língua Portuguesa, assim como autoridades das entidades governamentais da China e representantes dos sectores empresariais e da banca da China.
Esta primeira celebração, organizada em Pequim, teve por objectivo dar a conhecer as culturas dos Países de Língua Portuguesa e a língua portuguesa na China, divulgando também o papel de destaque assumido pela RAEM nas relações de cooperação económica, comercial e cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Macau cultivou secularmente uma aproximação aos Países de Língua Portuguesa devido às conhecidas razões históricas, tornando-se um eixo privilegiado de ligação entre a China e os Países Lusófonos.
O Embaixador do Brasil, país que assume a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Dr. Marcos Caramuru de Paiva, inaugurou a efeméride com um importante discurso sobre o valor e a importância da Língua Portuguesa, agradecendo o grande apoio dado pelo Secretariado Permanente do Fórum de Macau nesta primeira celebração, numa iniciativa que se pretende que seja realizada anualmente em Pequim, no dia 5 de Maio, com o apoio conjunto das representações diplomáticas dos Países Lusófonos.
Após o discurso do Embaixador de Portugal, procedeu-se à cerimónia de entrega dos prémios “Tomás Pereira 2017” para agraciar os melhores alunos chineses de língua portuguesa nas 25 universidades da China que ensinam a língua de Camões. Por outro lado, o Secretário-Geral Adjunto do Fórum de Macau, Dr. Ding Tian, reiterou a importância deste evento na promoção e no intercâmbio entre a China e os Países de Língua Portuguesa, servindo para reforço das relações amistosas entre os povos como sólido alicerce para a intensificação da cooperação económica, comercial e demais vertentes entre as partes. Sublinhou ainda o empenho do Fórum de Macau em continuar a promover, com todo o esforço, o intercâmbio e a cooperação linguística e cultural entre as partes.
O evento teve um programa cultural variado com actuações artísticas de grupos culturais de Angola, Cabo Verde e Timor-Leste e ainda gastronomia dos Países de Língua Portuguesa, o que permitiu exibir – junto dos convidados e das restantes representações diplomáticas acreditadas em Pequim – as diferentes culturas dos Países de Língua Portuguesa.
No evento, o Secretariado Permanente do Fórum de Macau instalou um “stand” e painéis para apresentar os produtos lusófonos do Centro de Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa.
O evento contou ainda com a apresentação do livro “Projecto Libolo”, da autoria do Dr. Carlos Figueiredo, que teve início com um estudo de investigação sobre Angola realizado na Universidade de Macau.
Presente na capital chinesa em visita de trabalho, o Ministro das Finanças de Portugal, Professor Mário Centeno, marcou presença no evento, tendo conversado com os representantes do Secretariado Permanente, que aproveitaram a ocasião para o informar sobre os últimos desenvolvimentos do Fórum de Macau. Uma delegação do Secretariado Permanente do Fórum de Macau irá, em breve, visitar Portugal.
O apoio activo do Secretariado Permanente à realização do Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa testemunha a mobilização da China e da RAEM no reforço contínuo das suas relações de cooperação com os Países de Língua Portuguesa através do papel de Macau enquanto Plataforma de serviços económicos, comerciais e culturais.