A China consolidou, ao longo das últimas duas décadas, o seu papel de
mais importante parceiro económico do continente africano, conclui um
relatório da consultora norte-americana McKinsey & Co. Angola,
segundo maior fornecedor de petróleo à nação asiática, tem sido um dos
oito países a centrar maior investimento chinês, de acordo com o
documento
O relatório – “Dance of the lions and dragons: How are
Africa and China engaging, and how will the partnership evolve?” (“Dança
de leões e dragões: Como África e China se relacionam, e como evoluirá a
parceria?”, numa tradução livre) – centra o foco em oito das principais
economias africanas: Etiópia, África do Sul, Quénia, Nigéria, Tanzânia,
Angola, Zâmbia e Costa do Marfim.
Relativamente a Angola, é referido
no relatório que o Governo do país africano tem fornecido petróleo à
China em troca de financiamento para construção de grandes projectos de
infra-estruturas. Angola mantém-se como segundo maior fornecedor de
petróleo da China desde 2005.
No entanto, o investimento privado
impulsionado por parte de empresas chinesas em Angola tem sido limitado,
em comparação com o que tem acontecido com outras nações africanas,
refere o relatório. Apenas 70 a 75 por cento das empresas chinesas em
Angola são privadas, comparativamente a cerca de 90 por cento noutros
países, é explicado.
No relatório, a McKinsey observa que os
“dragões” chineses – empresas de todos os sectores e dimensões – estão a
levar capital e “know-how” em gestão para as economias africanas,
acelerando o desenvolvimento do continente. Mais de 10 mil empresas
chinesas já estabeleceram a sua presença em África, acrescenta o
documento.