As empresas brasileiras vêem cada vez mais a China como um destino em crescimento para a exportação de produtos gourmet do Brasil, afirmou a Agência Brasileira de Promoção das Exportações e dos Investimentos (Apex-Brasil), citada pela agência oficial chinesa de notícias Xinhua.

De acordo com a Apex-Brasil, várias companhias brasileiras vão apresentar os seus produtos gourmet na SIAL China 2016, um evento que vai decorrer entre os dias 5 e 7 de Maio, em Xangai.

O certame, que se intitula como “a maior exposição de inovação alimentar da Ásia”, deverá contar com cerca de 3.000 expositores de 67 países.

O Brasil vai ter o seu próprio pavilhão no certame, onde serão realizadas várias actividades, como demonstrações de culinária. Entre os produtos apresentados pelas empresas brasileiras estão café, carne processada, mel e vinhos espumantes, de acordo com a Xinhua.

A Apex-Brasil tem duas delegações na China, uma em Pequim e outra em Xangai. A agência noticiosa chinesa acrescenta que as exportações brasileiras para a China são compostas sobretudo por “minério de ferro, soja, aves domésticas e cabedal, que, em conjunto, representam 80 por cento do total de exportações [brasileiras] para a China”.

Mas Ana Paula Repezza, gestora da Apex-Brasil, salienta que estão a surgir novas oportunidades no mercado chinês. “Há um crescimento notável no consumo de café nos centros urbanos, o que levou a que as exportações de café brasileiro duplicassem no espaço de um ano”, afirmou a responsável.

Ana Paula Repezza também sublinhou que, desde que a China levantou o embargo à importação de carne bovina brasileira – uma medida que começou a ter feitos práticos no ano passado –, a China “já se tornou no principal comprador de carne de vaca do Brasil”.

A China Continental suspendeu as importações de carne de vaca proveniente do Brasil em Dezembro de 2012, devido à ocorrência de um caso de encefalopatia espongiforme bovina – também conhecida como doença das vacas loucas – no estado brasileiro do Paraná. Em Junho de 2015, a China Continental retomou a importação de carne bovina do Brasil.