Portugal atribuiu em Março 168 autorizações de residência a investidores ao abrigo do chamado programa de Vistos Gold, o que representou um recorde mensal, de acordo com o diário português Jornal de Negócios.

Dados da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), citados pelo diário, indicam que o número de autorizações de residência emitidas nos primeiros três meses deste ano – ao abrigo do programa – correspondeu a cerca de metade do total de Vistos Gold atribuídos ao longo de todo o ano de 2015.

Desde que o programa foi lançado, em Outubro de 2012, até 31 de Março, as autoridades portuguesas atribuíram um total de 3.165 autorizações de residência. Destas, 2.991 ficaram a dever-se a investimentos na área do imobiliário, de acordo com a APEMIP.

A divulgação dos dados coincidiu com a visita do Presidente da associação, Luís Lima, à capital chinesa, Pequim, no âmbito de uma delegação empresarial. Em Pequim, Luís Lima esteve reunido com o Embaixador de Portugal na China, Jorge Torres Pereira.

“Continua a existir muito interesse por parte de cidadãos chineses [no programa de Vistos Dourados lançado pelo Governo português]”, afirmou Luís Lima, citado pelo Jornal de Negócios.

A maioria dos vistos tem sido atribuída a cidadãos de nacionalidade chinesa. Desde que o programa foi lançado e até ao final de Fevereiro, foram concedidas 2.345 autorizações de residência a investidores chineses, de acordo com dados oficiais revelados anteriormente.

O programa de Vistos Gold prevê a emissão de autorizações de residência temporária para estrangeiros oriundos de fora da União Europeia que tenham efectuado um investimento mínimo de 500.000 euros na aquisição de um imóvel. Outros tipos de investimento que podem resultar na atribuição de um Visto Gold prendem-se com a transferência de pelo menos 1 milhão de euros de capital para Portugal ou com a criação de 10 postos de trabalho no país.