A experiência da China na área do desenvolvimento urbano pode contribuir para a diversificação económica em Angola, através da promoção de investimentos no sector imobiliário, de acordo com um estudo sobre planeamento e desenvolvimento urbano em Angola.
“Angola comprometeu-se a encontrar novas formas de diversificar e fazer crescer a sua economia no novo ambiente de baixos preços das matérias-primas. A experiência chinesa de desenvolvimento urbano, se partilhada, pode comprovar ser tão valiosa como os seus empréstimos”, defendeu o investigador Allan Cain, num artigo intitulado “Oportunidades para o novo urbanismo de Angola depois do colapso da economia petrolífera”. O estudo foi citado pelo portal de notícias online Macauhub.
O artigo foi publicado pela organização não governamental Development Workshop.
Allan Cain argumentou que “aplicar algumas das reformas há muito aguardadas no crédito à habitação, planeamento participativo e descentralização orçamental para municípios” em Angola pode encorajar o sector privado a investir nas áreas de desenvolvimento urbano e habitação, “estimulando o investimento estrangeiro no sector imobiliário”.
De acordo com o Macauhub, o projecto de Kilamba, em Luanda, é o maior projecto de desenvolvimento da China em África na área da habitação, envolvendo 20.000 apartamentos. Segundo o portal noticioso, projectos semelhantes previstos para as restantes 18 províncias angolanas deverão disponibilizar 150.000 fracções habitacionais.
A China concedeu a Angola uma linha de crédito no valor de US$5,2 mil milhões, que irá ser usada para financiar um total de 155 projectos de desenvolvimento na nação africana. As acções planeadas deverão gerar cerca de 365.000 postos de trabalho, de acordo com a estimativa avançada em Janeiro pelo Governo angolano.