O desemprego entre os jovens está a aumentar na China e no Brasil, devido ao abrandamento económico que os dois países atravessam, alertou na semana passada a Organização Internacional de Trabalho (OIT), sob a égide das Nações Unidas.
De acordo com a agência de notícias Reuters, a instituição sedeada em Washington referiu que a taxa de desemprego entre os jovens da China subiu de 9,3 por cento em 2010 para 10,6 por cento em 2014. Por outro lado, acrescentou a OIT, estima-se que a taxa de desemprego dos jovens chineses com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos deverá atingir 10,8 por cento em 2015, passando a 11,1 por cento em 2016.
Azita Berar-Awad, directora do departamento de emprego da OIT, defendeu que o abrandamento do crescimento da economia da China se traduziu em menos postos de trabalho para os jovens do país, mas lembrou que o aumento abrupto de licenciados na nação asiática também teve a sua influência na taxa de desemprego entre a juventude.
“[A China] teve uma explosão de licenciados durante muitos anos, com [um maior] investimento feito nas universidades, e nem todos estes jovens qualificados encontram emprego na sua área, mesmo numa economia em crescimento como a China”, referiu Azita Berar-Awad.
No Brasil, adiantou a OIT, a taxa anual de desemprego entre os jovens tem sido inferior a 14 por cento nos últimos três anos, mas atingiu 15,8 por cento na primeira metade de 2015.
Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional reviu em baixa a projecção para a economia brasileira para 2015 face à recessão económica que o país enfrenta. O organismo prevê que a economia brasileira registe uma contracção de 3 por cento em 2015, comparativamente à estimativa de Abril, que apontava para uma contracção de 1,5 por cento.