O Banco Popular da China anunciou na terça-feira uma nova redução das taxas de juro de referência do país, acompanhada de um corte no rácio de reservas obrigatórias para os bancos. O objectivo das medidas, que entraram em vigor esta quarta-feira, é dar novo fôlego à economia chinesa.
De acordo com o anúncio, a taxa de juro para empréstimos a um ano sofreu uma redução de 0,25 pontos percentuais, fixando-se em 4,6 por cento. A taxa de juro para depósitos a um ano sofreu uma redução similar, estando agora em 1,75 por cento.
Este foi o quinto corte nas taxas de juro de referência efectuado pelo Banco Popular da China desde Novembro do ano passado.
O banco central chinês também anunciou uma redução de 0,5 pontos percentuais no rácio de reservas obrigatórias dos bancos, referente à quantidade mínima de dinheiro que os bancos necessitam de manter em caixa. Esta foi a terceira redução desde Fevereiro.
O Banco Popular da China referiu em comunicado que o Governo necessita de “utilizar as ferramentas monetárias de forma mais flexível” visto que o ambiente económico se mantém “bastante exigente” e os mercados financeiros internacionais continuam voláteis.
Os novos cortes anunciados pelo banco central chinês surgem após a divulgação, na semana passada, dos últimos resultados de um indicador privado da actividade manufactureira na China, os quais apontavam para o pior desempenho em mais de seis anos. As medidas surgem também depois do principal indicador da bolsa de Xangai ter registado uma quebra de 22 por cento em quatro dias.
Entretanto, o Primeiro-Ministro chinês Li Keqiang disse, na terça-feira, que as bases da economia do país continuam sólidas e que “não há razão para uma desvalorização contínua” do yuan face ao dólar norte-americano. Na semana passada, as autoridades chinesas baixaram o valor de câmbio do yuan face à moeda norte-americana em quase 2 por cento, a maior desvalorização num único dia em duas décadas.