Um alto dirigente do Partido Comunista da China (PCC) apelou ao reforço da cooperação com Portugal e dos laços de confiança política entre os dois países, de acordo com a agência oficial chinesa de notícias Xinhua.

Liu Qibao, membro do Politburo do PCC, deixou a mensagem durante uma visita de três dias a Portugal, que terminou na quinta-feira. No âmbito da deslocação oficial, o dirigente teve encontros com Pedro Passos Coelho, Primeiro-Ministro português e líder do Partido Social Democrata (PSD), que governa o país, bem como com António Costa, Secretário-Geral do Partido Socialista (PS), o principal partido da oposição em Portugal.

“Os laços sino-portugueses atravessam o melhor momento da sua história”, afirmou Liu.

“A China está disposta a reforçar ainda mais a confiança mútua em termos políticos, em aprofundar a cooperação pragmática e em promover intercâmbios a nível de recursos humanos, cultura e meios de comunicação social, por forma a dinamizar o desenvolvimento dos laços entra a China e Portugal, e a Europa, de uma forma geral”, explicou o dirigente chinês.

Liu Qibao defendeu ainda que os dois países devem tirar partido da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” , por forma a desenvolver uma “cooperação com benefícios mútuos”. A iniciativa foi proposta, pela primeira vez, pelo Presidente chinês, Xi Jinping, com o objectivo de interligar as economias da Ásia, do Médio Oriente, da Europa e de África, através do sector das infra-estruturas.

O Primeiro-Ministro português, por seu lado, afirmou que Portugal “está disposto a aproveitar todas as oportunidades para aprofundar e alargar a cooperação” com a China.

De acordo com a agência portuguesa de notícias Lusa, a China lançou, entretanto, um portal multimédia – china.com – em língua portuguesa, com informações sobre a “política, a economia, a cultura e o desenvolvimento social” do país.

O portal será gerido pela Rádio China International (CRI, na sigla inglesa), que apresentou também, em Portugal, a revista Fanzine, publicada em português.

A CRI, que já emite seis horas por dia numa estação de rádio dos arredores de Lisboa, considerou que este é um “passo significativo” na estratégia de desenvolvimento da emissora.