A actividade industrial na China continuou em expansão em Junho, enquanto o sector dos serviços recuperou dinamismo, numa altura em que Pequim tem vindo a implementar uma série de medidas para apoiar a economia.
O Gabinete Nacional de Estatísticas da China revelou esta semana que o índice de actividade industrial (PMI, na sigla inglesa) se manteve nos 50,2 pontos em Junho – um valor acima da fasquia dos 50 pontos, que separa um cenário de contracção de um de crescimento.
Zhao Qinghe, um dos principais analistas do Gabinete, afirmou, em comunicado, que este foi o quarto mês consecutivo em que o indicador de produção industrial se manteve acima dos 50 pontos. Mas deixou um alerta: “O dinamismo do desenvolvimento empresarial ainda é insuficiente, e a procura nos mercados interno e externo permanece fraca.”
O Gabinete Nacional de Estatísticas anunciou ainda que o PMI relativo ao sector dos serviços cresceu de 53,2 pontos em Maio para 53,8 pontos em Junho. O sub-índice de novas encomendas cresceu para 51,3 pontos em Junho, em comparação com os 49,5 pontos registados em Maio.
Annabel Fiddes, analista do banco Hong Kong Shanghai Banking Corporation (HSBC), afirmou – citado pela agência oficial chinesa de notícias Xinhua – que há sinais de melhorias ao nível da procura no mercado, de um modo geral, mas que “é provável que sejam necessárias mais medidas de estímulo para assegurar que o crescimento do sector recupera dinamismo e para incentivar a criação de emprego”.
O Primeiro-Ministro chinês, Li Keqiang, afirmou esta semana, em Paris, estar “confiante” no cumprimento da meta de crescimento de sete por cento fixada pela China para este ano. “Adoptaremos medidas apropriadas em tempo oportuno”, garantiu, citado pela imprensa oficial chinesa.
No sábado, o Banco Popular da China anunciou um corte das taxas de juro de referência – o quarto desde Novembro. No mesmo dia, para apoiar a economia – que cresceu 7 por cento no primeiro trimestre, o ritmo mais lento em seis anos –, o banco central anunciou ainda uma nova redução no rácio de reservas obrigatórias para os bancos, referente à quantidade mínima de dinheiro que os bancos necessitam de manter em caixa.