O Conselho de Estado da China propôs esta semana cancelar a regra que determina que as instituições bancárias não emprestem mais de 75 por cento dos depósitos. A ideia é que a medida incentive a atribuição de crédito, por forma a apoiar o crescimento económico do país, que tem vindo a abrandar.
Num comunicado divulgado na quarta-feira, o Conselho de Estado sugeriu alterar a legislação bancária de modo a adoptar a proporção entre empréstimos e depósitos como uma referência, e não como uma obrigação. Por outro lado, será criado um sistema para supervisionar a liquidez dos bancos.
“A medida permitirá às instituições financeiras aumentarem o crédito ao sector agrícola e às pequenas e micro empresas”, afirmou o Conselho de Estado, de acordo com a agência oficial chinesa de notícias Xinhua.
A alteração legislativa tem ainda de ser aprovada pelo Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional.
De acordo com a agência de notícias financeiras Bloomberg, a proporção entre empréstimos e depósitos em todo o sector bancário da China era de apenas 66 por cento em Março deste ano.
A economia chinesa cresceu 7 por cento no primeiro trimestre do ano – o ritmo mais lento dos últimos seis anos. O Governo chinês tem vindo a lançar uma série de medidas para dinamizar o crescimento económico, entre elas, o corte das taxas de juro de referência, por três vezes, desde Novembro.