A revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE) angolano implica o corte de um terço do total da despesa pública, com a redução da previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 6,6 por cento, de acordo com a imprensa do país.
O documento, aprovado sexta-feira em reunião do Conselho de Ministros, resulta da quebra das receitas petrolíferas e nele se confirma ainda um défice estimado para 2015 de 6,2 por cento do PIB, contra os 7,6 por cento do OGE ainda em vigor.
Em causa está a forte quebra na cotação internacional do barril de petróleo. No orçamento inicial para 2015, o Governo fixou o valor-referência em US$81 por barril, valor que agora descerá na revisão para US$40.
Citado pela imprensa angolana, o Ministro das Finanças Armando Manuel afirmou que a esperada queda nas receitas provenientes do petróleo será compensada com cortes na despesa pública, com excepção nos salários dos funcionários públicos.
Entretanto, uma inventariação feita a todos os poços de petróleo no país resultou numa previsão de produção de 1,8 milhões de barris por dia, revelou o ministro do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial, Job Graça.
Segundo o responsável, a meta de produção representa um crescimento de 9,8 por cento relativamente à produção registada em 2014, que ascendeu a uma média diária de 1,7 milhões de barris.