A China e o Brasil preparam-se para lançar um fundo de US$20 mil milhões para aumentar a cooperação bilateral em termos de capacidade de produção. De acordo com a agência oficial chinesa de notícias Xinhua, esta é também uma forma de procurar reforçar as relações entre os dois países.
O acordo foi um dos assinados durante a IV Sessão da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, presidida, em conjunto, pelo Vice Primeiro-Ministro chinês Wang Yang e pelo Vice-Presidente brasileiro, Michel Temer, em Brasília.
“A cooperação bilateral em termos de investimento tem vindo a desenvolver-se rapidamente, e os intercâmbios nas áreas da ciência e tecnologia, educação, cultura, turismo e desporto também têm vindo a ganhar impulso”, afirmou Wang Yang, citado pela Xinhua.
Michel Temer salientou que os dois países têm vindo a “aproximar-se cada vez mais” e que o Brasil está disposto a “trabalhar com a China para alargar o comércio e o investimento bilaterais” e para “impulsionar a cooperação em sectores-chave, como a capacidade de produção” e a “construção de infra-estruturas”, de modo a “aprofundar a colaboração benéfica para ambos os lados de uma forma abrangente”.
Além do fundo, os dois lados também concordaram em elencar uma lista de áreas e projectos prioritários no reforço da cooperação a nível da capacidade de produção. Por outro lado, será criado um grupo de trabalho especial para promover os negócios no sector dos serviços.
Ainda de acordo com a Xinhua, a China compromete-se a importar mais produtos competitivos do Brasil e, também, a acolher o registo de mais empresas brasileiras qualificadas no sector da carne.
No mês passado, o Primeiro-Ministro chinês, Li Keqiang, efectuou uma visita oficial ao Brasil, no âmbito da qual os dois países assinaram 35 acordos de comércio e investimento, no valor de US$53 mil milhões.