A venda do Novo Banco, em Portugal, deverá cair nas mãos de empresas chinesas que, de acordo com a imprensa internacional, apresentaram ofertas mais altas que as dos outros proponentes.
Tanto a seguradora chinesa Anbang como o conglomerado financeiro chinês Fosun International apresentaram, em Abril, propostas superiores a 4 mil milhões de euros (US$4,4 mil milhões) para a aquisição do banco português – valores bastante mais elevados do que os apresentados por outros três potenciais compradores, segundo a agência Reuters, que cita fontes não identificadas do sector bancário.
O banco central de Portugal recebeu, em Abril, cinco ofertas não vinculativas para a aquisição da instituição bancária e aguarda, até 30 de Junho, as suas propostas vinculativas.
O Novo Banco, recorde-se, é o sucessor do Banco Espírito Santo, que quase entrou em colapso, no ano passado, e teve de ser alvo de um resgate de 4,9 mil milhões de euros por parte do Governo português.
De acordo com uma fonte não identificada, citada pelo jornal financeiro britânico Financial Times, as duas empresas chinesas têm “a capacidade financeira para apresentar ofertas de peso” e são “as mais interessadas em desenvolver o banco”.
Ainda segundo o mesmo jornal, a potencial compra do Novo Banco poderá tornar-se a maior aquisição de serviços financeiros europeus por parte de um grupo sedeado na China. Isto depois de, em 2007, o Banco de Desenvolvimento da China ter adquirido uma participação no Barclays, num negócio avaliado em 3 mil milhões de euros.
O grupo Fosun já entrou no mercado português, com a aquisição, no ano passado, da Fidelidade, uma das principais seguradoras do país – um negócio que rondou os 1,7 mil milhões de euros.