Cabo Verde possui “uma vantagem competitiva natural” no que toca à implementação de um modelo sustentável de desenvolvimento baseado em bens e serviços de âmbito cultural e criativo, diz um novo estudo.
O trabalho, apoiado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e pela Organização Mundial do Comércio, foi encabeçado pela académica brasileira Cláudia Sousa Leitão, uma especialista em economia criativa.
O estudo, de 77 páginas, foi publicado na quinta-feira. Está disponível em inglês, com excertos em português.
O documento salienta a “tremenda diversidade cultural” de Cabo Verde e a “vontade política” existente no país para promover o sector das indústrias culturais e criativas. O estudo refere que este sector “se pode tornar num dos pilares de desenvolvimento económico e social” de Cabo Verde, através da implementação de políticas favoráveis e de um um plano de acção focado em áreas prioritárias.
O trabalho também identifica problemas que devem ser resolvidos para assegurar o desenvolvimento sustentável de uma economia criativa em Cabo Verde. São referidos o acesso limitado a financiamento, as fracas capacidades do país no âmbito das tecnologias de comunicação, a escassez de oportunidades de formação especializada e a falta de canais de promoção e distribuição para produtos e serviços de âmbito cultural e criativo.